Câmara dos deputados debate impeachment de Dilma Rousseff

por Cristina Sambado - RTP
Fernando Bizerra - EPA

A Câmara dos Deputados começou a debater na sexta-feira o impeachment da Presidente brasileira Dilma Rousseff. A votação está agendada para domingo, 60 horas depois do início de debate.

As sondagens divulgadas pelos órgãos de comunicação brasileiros dão como certa a vitória do impeachment, com 347 votos a favor, 129 contra. Para ser aprovada a proposta de destituição da Presidente Brasileira são necessários 342 votos dos 513 deputados de 25 forças partidárias. Para arquivar o pedido, o Governo precisa do apoio de 172 deputados, entre votos a favor, faltas e abstenções.

A votação vai decorrer entre as 19h30 e as 20h de domingo (23h30 e 24h de Lisboa).

No primeiro dia, o debate durou mais de 15 horas.
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Luís Baila, André Velloso - RTP

Sexta-feira estava prevista uma declaração de Dilma Roussef ao país, através da rádio e televisão. No entanto, a Presidente optou por se dirigir aos brasileiros pelas redes sociais, onde acusou os "golpistas" que querem tirá-la da Presidência desejam revogar direitos e cortar programas sociais e na educação.
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Pedro Oliveira Pinto - RTP

"O Brasil e a democracia não merecem tamanha farsa. Peço a todos os brasileiros que não se deixem enganar. Vejam quem está liderando este processo e o que propõem para o futuro do Brasil", advertiu.

Nas últimas horas, Dilma Rousseff tem estado em contacto com líderes parlamentares do norte e nordeste do país para tentar barrar o impeachment.
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Luís Baila, André Velloso - RTP

Também o ex-presidente Lula da Silva se tem desdobrado em ações de apoio a Dilma Rousseff. Este sábado, num discurso junto de movimentos de esquerda, o ex-presidente afirmou que “é uma guerra de sobe e desce. Parece a bolsa de valores. O cara está com a gente uma hora e em outra não está mais, e você precisa conversar 24 horas por dia para não deixá-los conquistar os 342 votos”.

Sexta-feira, Lula da Silva tinha publicado um vídeo no Facebook onde se afirmou convencido que a destituição de Dilma Rousseff não passará na câmara dos deputados.
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Para o ex-presidente brasileiro o impeachment só serviria para destabilizar ainda mais o país.
Oposição ameaça com queixa-crimeOs Partidos da oposição brasileira anunciaram que irão à Polícia Federal para apresentar uma queixa-crime contra a Presidente e o seu antecessor, Lula da Silva, por alegada compra de deputados.

Os líderes dos partidos da oposição explicaram, numa entrevista coletiva com órgão de comunicação locais, que vão pedir uma investigação sobre atos cometidos pelo Governo nos últimos dias que representam "desvios de finalidade" para impedir a derrota de Dilma Rousseff na votação do pedido de impugnação do mandato presidencial marcada para domingo na Câmara dos Deputados.

O Partido Socialista (PS), os Democratas (DEM), o Partido Trabalhista Brasileiro (PTB), o Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB) e o Partido Social Cristão (PSC) acusam ainda o Governo de corrupção ativa e corrupção passiva.

Os partidos indicam como provas desses crimes a oferta de cargos e nomeações publicadas no Diário Oficial da União nos últimos dias e a atuação nas negociações de ministros, dos governadores dos estados de Ceará, Maranhão, Paraíba, Piauí e Bahia, além do ex-presidente Lula da Silva, escreve o jornal Estado de São Paulo.

Os opositores também apontam como indício de compra de votos a transferência de terras da União para o Governo do Amapá, estado de maioria dos votos não declarados.

c/Lusa
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