Rebeldes sírios tomam controlo de Damasco
O ditador sírio Bashar al-Assad terá abandonado a capital do país, Damasco, este domingo. Os rebeldes sírios estão tomar o domínio da cidade, de acordo com um anúncio foi feito na televisão estatal. Nas ruas, milhares de pessoas festejam depois de meio século de governo da família Assad.
"Depois de 50 anos de opressão sob o poder do [partido] Baas, e 13 anos de crimes, de tirania e de deslocações [forçadas] (...) anunciamos hoje o fim deste período negro e o início de uma nova era para a Síria", acrescentou.
Ao mesmo tempo, a coligação pediu aos sírios deslocados no estrangeiro que regressem à "Síria livre".
A entrada dos grupos rebeldes na capital síria não teve nenhum sinal de oposição do Exército. Os rebeldes reivindicaram a tomada da capital síria, Damasco.
Vários países já aconselharam os seus cidadãos a sair da Síria.
Estes grupos lançaram uma ofensiva relâmpago na Síria a 27 de novembro. Vários territórios e principais cidades foram rapidamente tomadas, com pouca resistência por parte do Exército sírio.
A informação que chega do Observatório Sírio dos Direitos Humanos é de que Bashar al-Assad já fugiu da capital, saindo pelo Aeroporto de Damasco.
Já o presidente-eleito dos EUA, Donald Trump, considera que Assad fugiu da Síria depois de perder o suporte da Rússia.
Numa publicação na plataforma Truth Social, o republicano escreveu que o protetor de Bashar al-Assad deixou de o ser, numa referência a Vladimir Putin. Segundo Trump, Moscovo perdeu o foco que tinha na Síria por causa do conflito na Ucrânia.
Além disso, Donald Trump acusou o antigo presidente Barack Obama de ter sido incapaz de "honrar os compromissos" na Síria e de deixar a situação nas mãos da Rússia.
Como considera que a Síria é “um desastre” e não é um país amigo, o presidente-eleito defende que é preciso deixar acontecer o que tem de acontecer.