As Brigadas do Hezbollah, grupo armado iraquiano aliado do Irão, responsabilizaram hoje os Estados Unidos e "os que retardam a saída" das forças norte-americanas do Iraque, por ataques que sofreu neste país, incluindo o que matou um destacado comandante.
"Pelo sangue derramado pelos nossos comandantes e pelos nossos combatentes, a responsabilidade cabe à América e àqueles que recusam ou retardam a saída das suas forças de ocupação do Iraque", acusaram as Brigadas do Hezbollah num comunicado.
Na quarta-feira à noite, na capital iraquiana, um `drone` matou um comandante das Brigadas do Hezbollah, Abu Baqir al-Saadi, acusado pelo Exército norte-americano de ser "diretamente responsável pelo planeamento e participação em ataques contra as forças dos Estados Unidos" no Médio Oriente.
Há uma semana, os EUA já tinham realizado ataques no Iraque e na Síria contra alvos das forças de elite iranianas e de grupos armados pró Irão, em retaliação por um ataque no final de janeiro que matou três soldados norte-americanos no deserto da Jordânia.
Desde meados de outubro, grupos armados pró Irão realizaram dezenas de ataques com foguetes e ataques de `drones` contra soldados norte-americanos e da coligação internacional estacionada no Iraque e na Síria.
Mais de 165 ataques tiveram como alvo soldados norte-americanos no Iraque e na Síria, a maioria reivindicada pela Resistência Islâmica no Iraque, uma rede de combatentes pró Irão da qual fazem parte as Brigadas do Hezbollah.
Classificado como organização terrorista por Washington e alvo de sanções, o grupo foi bombardeado diversas vezes por Washington.
Num contexto regional explosivo, as autoridades iraquianas retomarão as conversações iniciadas no domingo com Washington sobre o futuro da coligação internacional que luta contra o grupo Estado Islâmico (EI).