Em 24 horas, chuvas intensas atingiram a região serrana do Rio de Janeiro, provocando perto de duas centenas de deslizamentos de terra atingindo a cidade de Petrópolis.
O município ficou debaixo de lama e as correntes de água e terra destruíram dezenas de casas e arrastaram inúmeros veículos
Mais de 370 pessoas foram acolhidas em abrigos improvisados.
O números de mortos não para de aumentar. Perto da meia noite local, as autoridades informavam que havia 104 mortos e oito eram crianças.
De acordo com a Secretaria Estadual de Defesa Civil, 24 pessoas tinham sido resgatadas com vida mas havia pelo menos 35 desparecidas.
A equipa de 400 bombeiros enfrenta uma luta contra o tempo procurando entre a lama e escombros sobreviventes.
A localidade do Alto da Serra foi uma mais devastadas e as autoridades estimam, que só aí, tenham sido soterradas 80 casas pelo deslizamento de terra no Morro da Oficina.
O governador Cláudio Castro foi para Petrópolis e descreve: "A situação é quase que de guerra. Vimos carros pendurado em poste. Carro virado de cabeça para baixo. Muita lama e muita água ainda".
"Grupos de trabalho já estão vendo o que vai precisar ser reconstruído. Mas nesse momento é salvar as pessoas e limpar a lama, lixo e escombros" acrescentou.
A Polícia Civil do Rio de Janeiro reforçou a força de salvamento com 200 elementos da polícia científica.
As estradas estão bloqueadas com a corrente de lama dificultando a circulação dos médicos, moradores e equipas de salvamento que trabalham sem parar.
Outras regiões também foram atingidas, como 24 de Maio, Caxambu, Sargento Boening, Moinho Preto, Vila Felipe, Vila Militar e as ruas Uruguai, Washington Luiz e Coronel Veiga.
Há previsão de mais chuva, embora em menos quantidade, mas o alerta para novos deslizamentos mantém-se.