Pyongyang promoveu seis oficiais à patente de general, entre os quais Kim Jong-gwan, antigo ministro da Defesa. Esta reorganização da cúpula militar da Coreia do Norte foi noticiada esta quinta-feira pela agência estatal KCNA, na antecâmara do 110.º aniversário de Kim Il-sung, fundador do regime de matriz estalinista.
Foi o líder norte-coreano quem confirmou as promoções, no quadro de uma reorganização que elevou outros oficiais às patentes de tenente-general e major-general.
Em comunicado citado pela KCNA, Kim Jong-un expressou a "firme convicção de que todos os comandantes, o núcleo duro das Forças Armadas da RPDC, cumprirão plenamente os deveres na luta honrosa para converter as Forças Armadas revolucionárias em forças de elite".Ao líder da República Popular Democrática da Coreia (RPDC) cabe o posto de marechal. Só o avô e o pai de Jong-un, Kim Il-sung e Kim Jong-il, detiveram o posto mais elevado do exército norte-coreano: marechal general.
Pyongyang está a ultimar os preparativos para as celebrações do aniversário de Kim Il-sung, na sexta-feira. A data deverá ser assinalada pelo tradicional desfile militar.
A Coreia do Norte está também a assinalar a ascensão de Kim Jong-un ao poder.
Na sequência imediata da morte do pai, a 17 de dezembro de 2011, Jong-un começou a ser descrito como "grande sucessor". A 30 de dezembro do mesmo ano, seria nomeado comandante supremo do exército, passo que selou, na prática, a sua liderança.
Todavia, oficialmente, o regime clama que Kim Jong-un assumiu a liderança da Coreia do Norte a 11 de abril de 2012, data da sua nomeação para o cargo de primeiro secretário do Partido dos Trabalhadores da Coreia.
Desde o início deste ano, o regime norte-coreano procedeu já a uma dezena de ensaios com mísseis balísticos, em atropelo de resoluções das Nações Unidas que proíbem o país de testar tal armamento.
c/ agências