O Presidente do Irão, Masoud Pezeshkian, qualificou de "crime de guerra" e "terrorismo de Estado" os bombardeamentos israelitas de sexta-feira contra Beirute, que causaram pelo menos seis mortos e 91 feridos.
"Os crimes do regime sionista (Israel) contra o povo palestiniano e libanês são um sinal do fracasso da comunidade internacional em travar a maquinaria do terrorismo de Estado", afirmou Pezeshkian num comunicado divulgado na sexta-feira e citado pela agência noticiosa estatal IRNA.
Na tarde de sexta-feira, Israel lançou um ataque sem precedentes contra um edifício residencial nos subúrbios de Beirute, onde se situa a sede do grupo xiita libanês Hezbollah, no que fontes de segurança descreveram como uma tentativa de assassinar o seu líder máximo, Hassan Nasrallah.
O paradeiro e o estado de saúde do líder do Hezbollah ainda não são conhecidos, mas, de acordo com o Ministério da Saúde libanês, seis pessoas morreram e 91 ficaram feridas nos atentados.
O Presidente iraniano denunciou os atentados israelitas como a prova de que "este regime é a maior ameaça à paz e à segurança regional e internacional" e apelou a todos os países do mundo, especialmente aos países islâmicos, para que "condenem firmemente este crime".
Pezeshkian reafirmou o apoio da República Islâmica do Irão à aliança informal anti-israelita "Eixo da Resistência", liderada por Teerão e que inclui não só o Hezbollah, mas também o Hamas palestiniano e os Huthis do Iémen, entre outros.
Anteriormente, o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros iraniano, Naser Kanani, também condenou as ofensivas israelitas contra Beirute e acusou os EUA de fornecerem armas a Israel.
"O regime americano é, sem dúvida, cúmplice do regime sionista e deve ser responsabilizado", disse o diplomata iraniano.