O Presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, olha para os violentos incêndios que lavram na Amazónia e aponta o dedo às organizações não-governamentais.
Na Amazónia, desde o início do ano até agora, foram registados mais sete mil focos de incêndio, números alarmantes que tendem a piorar. Cinco mil focos foram registados só este mês.
O Observatório do Clima, uma coligação de cerca de 50 organizações não-governamentais brasileiras que defendem o ambiente, perante os incêndios que lavram por esta altura, considera ser o reflexo da irresponsabilidade do Presidente brasileiro.
O ministro brasileiro do Ambiente, Ricardo Salles, veio a público afirmar que a nuvem de fumo que cobriu o céu de São Paulo era uma notícia falsa.
O céu ficou negro com o fumo das queimadas que ficam a 2200 quilómetros.
Ambientalistas e especialistas em biodiversidade alertam que a situação na Amazónia é consequência das decisões governamentais que permitem o corte de árvores - os restos, folhas e galhos, são queimados.
À conversa com o jornalista Mário Galego, o especialista em biodiversidade José Miguel Cardoso Pereira explica que os incêndios resultam de queimadas que acontecem cada vez mais por causa do desmatamento e sintetiza os impactos.
Dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, com base em imagens de satélite, indicam que as queimadas no Brasil aumentaram 82 por cento de janeiro a agosto deste ano, em comparação com o mesmo período de 2018.