A Boeing aceitou declarar-se culpada de fraude criminal na sequência de dois acidentes com o 737 Max, após o Governo norte-americano descobrir que a empresa violou um acordo.
Os procuradores federais deram à Boeing a opção, esta semana, de se declarar culpada e pagar uma multa, como parte da sentença, ou enfrentar um julgamento com a acusação criminal de conspiração para defraudar os Estados Unidos.
Ao se declarar culpada, a Boeing evitará o espetáculo de um julgamento criminal – algo que as famílias das vítimas têm pressionado.
A empresa está em crise devido a questões de segurança desde dois acidentes quase idênticos envolvendo aeronaves 737 Max em 2018 e 2019. Isso levou ao afastamento global do avião por mais de um ano.
Os acidentes ocorreram na Indonésia, em outubro de 2018, e na Etiópia, menos de cinco meses depois.
Este acordo judicial abrange apenas as infrações cometidas pela Boeing antes dos dois acidentes, que provocou a morte de 346 passageiros e membros da tripulação a bordo de dois novos aviões Max.
Não atribui imunidade à Boeing por outros acidentes, incluindo a explosão de um painel de um avião Max durante um voo da Alaska Airlines em janeiro, referiu um funcionário do Departamento de Justiça citado pela agência Associated Press.
Como parte do acordo de janeiro de 2021, o Departamento de Justiça disse que não processaria a Boeing se a empresa cumprisse determinadas condições ao longo de três anos. Mas no mês passado, os procuradores alegaram que a Boeing violou os termos desse acordo.