A Presidência guineense anunciou a presença de representantes de 26 países nas comemorações dos 50 anos da independência da Guiné-Bissau, que arrancam hoje à noite com um jantar em honra dos chefes de Estado e de Governo convidados.
As cerimónias oficiais, que vão decorrer na Avenida Amílcar Cabral, em Bissau, começam às 10:00 de quinta-feira, 16 de novembro, dia das Forças Armadas guineenses, com uma revista às tropas (os três ramos das Forças Armadas, a Guarda Nacional, a Polícia de Ordem Pública e os Bombeiros), pelo Presidente da República da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embalo.
De acordo com o programa distribuído pelos serviços da Presidência, segue-se uma "mensagem à Nação" proferida pelo chefe de Estado, culminando a cerimónia com um desfile popular e outro militar.
No final do desfile militar, Sissoco Embaló seguirá com os convidados, a pé, para o Palácio da República, situado na Praça dos Heróis Nacionais (antiga Praça do Império), para um almoço oficial que encerrará as cerimónias de celebração do cinquentenário da independência e do Dia das Forças Armadas.
Nas cerimónias participarão representantes de 26 países, dos quais oito chefes de Estado, incluindo o português Marcelo Rebelo de Sousa, cuja chegada está prevista para hoje à noite, já depois do início do jantar oficial, segundo a informação divulgada.
Participarão igualmente cinco chefes de Governo, entre os quais o primeiro-ministro português, António Costa, que chegará ao final da tarde de hoje, a tempo de participar no jantar oficial, juntamente com o ministro dos Negócios Estrangeiros, João Gomes Cravinho, que se encontra no país desde terça-feira.
Segundo a informação divulgada pela Presidência guineense, estarão presentes os chefes de Estado da República do Congo, Dennis Sassou N`Guesso, da Nigéria, Bola Tinubu (também presidente em exercício da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental), da União das Comores e presidente em exercício da União Africana, Azaali Assoumani, da Gâmbia, Adama Barrow, do Senegal, Macky Sal, e da Serra Leoa, Julius Bio, bem como o Presidente de transição do Gabão, Brice Enguema.
Da Comunidade de Países de Língua Oficial Portuguesa, além de Portugal, estarão presentes os primeiros-ministros de Cabo Verde, Ulisses Correia, e de São Tomé e Príncipe, Patrice Trovoada, a ministra dos Combatentes de Moçambique, Josefina Mpelo, o chefe da Casa Militar da Presidência Angolana, Francisco Furtado, o Chefe do Estado Maior General das Forças Armadas de Timor-Leste, Domingos Raul, e o primeiro-ministro da Guiné Equatorial, Francisco Asue.
Estarão, ainda, os vice-presidentes do Zimbabué, da Costa do Marfim e de Cuba, o primeiro-ministro do Quénia, o ministro dos Negócios Estrangeiros de Marrocos, o ministro da Defesa da Mauritânia e representantes da República da Coreia, da Fundação Ismaili em Portugal, do Banco Central dos Estados da África Ocidental e do Escritório das Nações Unidas para a África Ocidental e o Sahel.
A independência da Guiné-Bissau foi declarada unilateralmente em 24 de setembro de 1973, sendo reconhecida por Portugal um ano depois, já depois da revolução de Abril de 1974.
Sissoco Embaló escolheu o Dia das Forças Armadas para celebrar a data, uma decisão que provocou alguma polémica e que foi justificada por, nesta altura, já ter passado a época das chuvas.