A Bielorrússia convocou esta quinta-feira o embaixador ucraniano em Minsk, para "protestar contra o disparo de um míssil S-300 desde a Ucrânia". O Ministério da Defesa bielorrusso disse que o míssil foi abatido no sudoeste do país.
Este é o primeiro incidente deste tipo relatado por Minsk desde o início da invasão russa da Ucrânia, há mais de 10 meses, onde a Bielorrússia serve como base de retaguarda para as forças russas.
O míssil, informou o Ministério da Defesa da Bielorrússia, foi abatido esta manhã pelos sistemas de defesa aérea da Bielorrússia perto da aldeia de Gorbakha, na região de Brest, na fronteira com a Ucrânia.
Segundo o Ministério da Defesa, o chefe de Estado bielorrusso, Alexander Lukashenko, foi "imediatamente informado do incidente".
Por enquanto, as autoridades bielorrussas não relataram nenhum ferimento ou dano provocado pelo disparo do míssil.
Já esta noite, Kiev diz que não excluiu que esta tenha sido "uma provocação deliberada" da Rússia de forma a conseguir "envolver a Bielorrússia na sua guerra".
"O lado ucraniano não exclui a possibilidade de uma provocação deliberada por parte do Estado terrorista russo, que delineou esta rota para os seus mísseis de cruzeiro de forma a provocar a sua interceção no espaço aéreo acima do território bielorrusso", indicou o Ministério ucraniano da Defesa em comunicado.
A invasão russa - justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.
c/ Lusa