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Guerra na Ucrânia. A evolução do conflito ao minuto

Bielorrússia convoca embaixador ucraniano sobre míssil abatido

por RTP
Reuters

A Bielorrússia convocou esta quinta-feira o embaixador ucraniano em Minsk, para "protestar contra o disparo de um míssil S-300 desde a Ucrânia". O Ministério da Defesa bielorrusso disse que o míssil foi abatido no sudoeste do país.

"O lado bielorrusso exigiu a realização imediata de uma investigação completa sobre as circunstâncias do disparo deste míssil, para punir os responsáveis e tomar medidas abrangentes para evitar tais incidentes no futuro, que podem ter consequências catastróficas", indicou a diplomacia bielorrussa em comunicado.

Este é o primeiro incidente deste tipo relatado por Minsk desde o início da invasão russa da Ucrânia, há mais de 10 meses, onde a Bielorrússia serve como base de retaguarda para as forças russas.

O míssil, informou o Ministério da Defesa da Bielorrússia, foi abatido esta manhã pelos sistemas de defesa aérea da Bielorrússia perto da aldeia de Gorbakha, na região de Brest, na fronteira com a Ucrânia.

"Durante as verificações, foi estabelecido preliminarmente que os destroços pertenciam a um míssil antiaéreo S-300 lançado a partir de território ucraniano", disse o comunicado.

Segundo o Ministério da Defesa, o chefe de Estado bielorrusso, Alexander Lukashenko, foi "imediatamente informado do incidente".

Por enquanto, as autoridades bielorrussas não relataram nenhum ferimento ou dano provocado pelo disparo do míssil.

Já esta noite, Kiev diz que não excluiu que esta tenha sido "uma provocação deliberada" da Rússia de forma a conseguir "envolver a Bielorrússia na sua guerra".

"O lado ucraniano não exclui a possibilidade de uma provocação deliberada por parte do Estado terrorista russo, que delineou esta rota para os seus mísseis de cruzeiro de forma a provocar a sua interceção no espaço aéreo acima do território bielorrusso", indicou o Ministério ucraniano da Defesa em comunicado.

A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro pela Rússia na Ucrânia causou já a fuga de mais de 14 milhões de pessoas - 6,5 milhões de deslocados internos e mais de 7,8 milhões para países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

A invasão russa - justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.

c/ Lusa
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