Biden sai e abre portas a Kamala. O que se segue para os democratas?

por Candida Pinto - Antena 1

AFP

Sai Biden e pode entrar Kamala. A vice-presidente dos Estados Unidos conta já com apoios importantes, mas ainda nada está decidido, apesar de a número dois norte-americana manifestar vontade de substituir Joe Biden na candidatura à Casa Branca.

Nas últimas horas, depois da desistência de Biden, têm sido muitos os nomes a declarar apoio a Kamala Harris.

As doações também não param. O New York Times indica que, desde o anúncio da desistência de Biden, ao final da tarde de domingo, foram angariados mais de 30 milhões de dólares.

O Partido Democrático tem agora de tomar uma decisão, como explica a correspondente da Antena  nos Estados Unidos, Candida Pinto.

Os governadores da Califórnia, da Pensilvânia, e da Carolina do Norte, que têm também sido citados como possíveis candidatos democratas às presidenciais norte americanas, já manifestaram apoio à candidatura de Kamala Harris.

Mas a vice-presidente pode mesmo ser a escolha para enfrentar Donald Trump em novembro, como revela a jornalista Margarida Vaz.

Na leitura de Bernardo Pires de Lima, comentador de assuntos internacionais, Kamala Harris deve ser a opção democrata.

Para já, o partido tem convenção marcada para daqui a cerca de um mês, de 19 a 22 de agosto, em Chicago. Com Joe Biden fora das presidenciais e Kamala Harris a confirmar que está na corrida à Casa Branca, os mais de quatro mil delegados vão votar num candidato para defrontar o republicano Donald Trump nas presidenciais marcadas para 5 de novembro.

Quanto a reações, surgem um pouco por todo o mundo. O presidente do Governo espanhol, Pedro Sánchez, elogiou a "decisão corajosa e digna do Presidente dos Estados Unidos", sublinhando o "grande gesto de um grande presidente que sempre lutou pela democracia e pela liberdade".

O primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, afirmou respeitar a decisão e que espera trabalhar em conjunto durante o resto do mandato, referindo que Biden "terá tomado a sua decisão com base no que acredita ser o melhor para o povo norte-americano".

O primeiro-ministro polaco, Donald Tusk, argumentou que as muitas "decisões difíceis" tomadas pelo Presidente dos EUA "tornaram a Polónia, os Estados Unidos e o mundo mais seguros e a democracia e a liberdade mais fortes".

O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, foi um dos governantes estrangeiros a reagir ao anúncio de Joe Biden, escrevendo no X que os ucranianos "estarão sempre gratos pela liderança do presidente Biden", que "ajudou o país no momento mais dramático da história".
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