Biden reitera empenhamento na defesa de Taiwan

por Lusa
Biden reafirmou que as tropas norte-americanas defenderiam Taiwan no caso de uma invasão chinesa Tom Brenner - Reuters

O presidente dos EUA, Joe Biden, disse numa entrevista transmitida no domingo que as tropas norte-americanas defenderiam Taiwan no caso de uma invasão chinesa.

Questionado no programa "60 Minutos" da CBS se "os americanos defenderiam Taiwan no caso de uma invasão chinesa", o líder dos EUA respondeu: "Sim, se de facto ocorresse um ataque sem precedentes".

O presidente dos EUA fez questão de sublinhar que não estava a "encorajar" a ilha a declarar a independência. "A decisão é deles", afirmou.

A China considera Taiwan, com uma população de cerca de 23 milhões de habitantes, como uma das suas províncias, que ainda não conseguiu reunificar com o resto do seu território desde o fim da guerra civil chinesa (1949).

Em sete décadas, o exército comunista nunca conseguiu conquistar a ilha, que permaneceu sob o controlo da República da China - o regime que em tempos governou a China continental e agora apenas governa Taiwan.

Joe Biden já tinha irritado Pequim ao dizer no final de maio que os EUA iriam intervir militarmente em apoio a Taiwan no caso de uma invasão da China comunista.

Depois voltou atrás, afirmando o seu compromisso com a "ambiguidade estratégica", um conceito deliberadamente vago que tem governado a política dos EUA em Taiwan durante décadas.

A "ambiguidade estratégica", que consiste em Washington se abster de dizer se os Estados Unidos interviriam ou não militarmente para defender Taiwan em caso de invasão, tem ajudado até agora a manter uma certa estabilidade na região.

 

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