Na primeira entrevista após ter abandonado a corrida de 2024 à Casa Branca, o presidente norte-americano, Joe Biden, confessa não estar confiante quanto a uma passagem de testemunho pacífica, caso Donald Trump saia derrotado. Sobretudo depois da utilização de expressões como "banho de sangue".
Os Estados Unidos estão divididos entre Kamala Harris e Donald Trump, com as sondagens a aproximar democratas a republicanos. O presidente Joe Biden demonstra clara preocupação, seja qual for o resultado a 5 de novembro.
Se Donald Trump ganhar, naturalmente Biden não ficará agradado, reafirmando que os EUA dão um passo atrás. Se perder, o presidente afirma que não ficará “nem um pouco confiante”, referindo-se à transferência do executivo e à aceitação dos resultados.
"Ele fala a sério. Não o levamos a sério mas ele fala a sério. Todas essas coisas sobre se perdermos, haverá um banho de sangue, é porque foi uma [eleição] roubada", apontou Biden, com preocupação, ao coordenador das eleições e da campanha da estação CBS News, Robert Costa.
Esta foi a primeira entrevista desde que Biden desistiu da corrida presidencial e apoiou a vice-presidente, Kamala Harris, para a nomeação democrata - será emitida no próximo domingo no CBS News Sunday Morning.
"Veja o que eles (republicanos) estão a tentar fazer agora nos distritos eleitorais onde as pessoas contam os votos", acentuou Biden, relembrando uma ideia sobre eleições e democracia: "Não se pode amar o país apenas quando se vence".
In his first TV interview since exiting the 2024 race, President Biden tells CBS News' @costareports he's "not confident at all" that a peaceful transfer of power will happen in January 2025 if former President Donald Trump loses.
— CBS Sunday Morning 🌞 (@CBSSunday) August 7, 2024
"He means what he says. We don't take him… pic.twitter.com/uE4dj5Vzrs
Os comentários de Trump sobre o "banho de sangue" remontam a um comício de campanha no Ohio, em março. “Agora, se eu não for eleito, será um banho de sangue. Isso será o menos. Será um banho de sangue para o país”, clamou então o candidato republicano.
Na altura, o alarme soou, nomeadamente entre os democratas, mas a equipa da campanha de Trump apressou-se a dizer que o candidato se referia às consequências económicas da política comercial dos EUA.
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