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Guerra na Ucrânia. A evolução do conflito ao minuto

Biden "apressa" ajuda militar à Ucrânia antes da tomada de posse de Trump

por Rachel Mestre Mesquita - RTP
Joe Biden recebeu Volodymyr Zelenskiy na Casa Branca, em Washington, EUA, a 26 de setembro Elizabeth Frantz - Reuters

O presidente cessante dos EUA, Joe Biden, está a tentar deixar selado algum apoio a Kiev até à tomada de posse de Donald Trump, a 20 de janeiro, de acordo com a Casa Branca. Antes de passar a pasta à próxima Administração, Biden vai entregar quase seis mil milhões de dólares à Ucrânia e pedir ao novo Congresso e à nova Administração que "não abandonem a Ucrânia". Uma semana após a eleição presidencial, a incerteza sobre o papel que Washington vai ter na Ucrânia mantém-se.

Antes das eleições nos Estados Unidos, Joe Biden garantiu ao presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, que entegaria toda a ajuda aprovada pelo Congresso antes do final do seu mandato, explicou o conselheiro norte-americano de Segurança Nacional da Casa Branca, Jake Sullivan, numa entrevista à CBS.

"Até 20 de janeiro teremos enviado à Ucrânia todo o montante de recursos e ajuda que o Congresso autorizou", disse Sullivan, cumprimindo a promessa que Biden fez ao seu homólogo durante a sua última visita à Casa Branca, em setembro.

De acordo com Jake Sullivan, Biden também pedirá ao novo Congresso e à próxima administração Trump, no tempo restante de mandato, que mantenham o apoio a Kiev, uma vez que "afastar-se da Ucrânia significaria mais instabilidade na Europa".

“O presidente Biden terá a oportunidade, nos próximos 70 dias, de defender perante o Congresso e a nova administração que os Estados Unidos não devem abandonar a Ucrânia, que abandonar a Ucrânia significa mais instabilidade na Europa”, adiantou o principal conselheiro de política externa de Biden.
Jake Sullivan defendeu que, desde o início da invasão russa em fevereiro de 2022, a política do Governo tem sido entregar armas à Ucrânia para que esta fique numa "posição mais forte", não só em termos militares mas também muma possível negociação.

"Cabe à Ucrânia decidir, para a sua própria soberania e integridade territorial, quando e como se sentar para negociar" com a Rússia, defendeu.

Após a promessa de uma transição pacífica de poder nos EUA, Joe Biden convidou Donald Trump para ir à Sala Oval na próxima quarta-feira e, no domingo, para discutirem a transferência de pastas, mas também para sobre a situação na Europa, Ásia e Médio Oriente, segundo a mesma fonte.
Promessa de paz na Ucrânia

O futuro presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, prometeu ao longo da sua campanha eleitoral e depois de ter sido eleito que conseguiria acabar rapidamente com a guerra com a Rússia, mas sem explicar como o faria a incerteza sobre o papel que os EUA vai ter na guerra da Ucrânia mantém-se.

Sob o lema de a "América Primeiro" Donald Trump tem criticado a escala do apoio militar e financeiro dos Estados Unidos a Kiev, o principal aliado da Ucrânia defesa contra a invasão russa. Desde o início da invasão da Ucrânia pela Rússia em 2022, os EUA já forneceram mais de 64 mil milhões de euros em assistência militar, cerca de 60 mil milhões de euros.

Após a vitória nas eleições presidenciais, de 5 de novembro, Trump falou ao telefone  na quarta-feira com o presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskyy, e no dia seguinte com o homólogo russo, Vladimir Putin, sobre a guerra na Ucrânia, de acordo com a imprensa norte-americana, que citou fontes não identificadas.
"Pura ficção"

Segundo o jornal Washington Post, Donald Trump aconselhou Putin a não intensificar a guerra na Ucrânia e recordou-lhe a  "presença militar considerável de Washington na Europa". Durante a chamada telefónica entre os dois líderes, Trump terá manifestado interesse em prosseguir com as conversações sobre "a resolução da guerra da Ucrânia em breve".###1614080 ###No entanto, esta segunda-feira o Kremlin negou que Vladimir Putin tenha falado com o presidente eleito dos EUA, Donald Trump, tendo classificado as notícias "de publicações bastante respeitáveis" como "pura ficção".

"É completamente falso. É pura ficção; é simplesmente uma informação falsa", disse o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, quando questionado sobre a chamada. "Não houve qualquer conversa", disse Peskov, acrescentado que Putin não tinha planos específicos para falar com Trump de momento.

c/agências
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