Biden diz que EUA irão ajudar na reconstrução do Haiti

por Lusa
Biden não ficou indiferente ao cenário de destruição provocada pelo sismo DR

O presidente dos Estados Unidos enviou sábado as "mais sentidas condolências" aos haitianos pela "tragédia" do sismo, que provocou a morte de 304 pessoas (números provisórios), e prometeu que o seu país ajudará na reconstrução.

"Numa altura que já era difícil para o povo do Haiti (devido à crise política), entristece-me o terramoto devastador que ocorreu esta manhã em Saint-Louis du Sud", disse Joe Biden numa declaração, endereçando as "mais sinceras condolências a todos aqueles que perderam um ente querido ou viram as suas casas ou negócios destruídos".

Horas antes, a Casa Branca anunciou que o presidente já tinha autorizado uma "resposta imediata dos EUA" ao terramoto de magnitude 7,2 que atingiu o Haiti.

Joe Biden nomeou Samatha Power, da Agência Americana para o Desenvolvimento Internacional (USAID), para coordenar a resposta do seu governo ao terramoto.

Entretanto, Samatha Power anunciou que já tinha uma equipa de "peritos no terreno, avaliando os danos e necessidades" no Haiti para "responder urgentemente a eles".

Segundo Joe Biden, a equipa "apoiará os esforços para quantificar os danos e salvar aqueles que foram feridos" e ajudará "aqueles que agora têm de reconstruir".

De acordo com o último balanço divulgado pela Proteção Civil na rede social Twitter, 304 pessoas morreram, 158 das quais no sul do país, e há "centenas de feridos e desaparecidos".

"As primeiras intervenções, realizadas tanto pelas equipas de salvamento profissionais, como pelos membros da população, permitiram retirar muitas pessoas dos escombros. Os hospitais continuam a receber feridos", acrescentou a Proteção Civil haitiana.

Devastador

O terramoto, que também foi sentido na República Dominicana (com a qual o Haiti divide a ilha de Hispaniola) e em Cuba, ocorreu às 8h29 locais (13h29 de Lisboa), a cerca de 12 quilómetros da cidade de Saint-Louis-du-Sud, situada a 160 quilómetros da capital haitiana, Port-au-Prince, com epicentro a dez quilómetros de profundidade, seguindo-se-lhe uma réplica de magnitude 5,2 a 17 quilómetros da localidade de Chantal, também com epicentro a dez quilómetros de profundidade, segundo dados do Instituto Norte-Americano de Geofísica (USGS).

O primeiro-ministro haitiano, Ariel Henry, já anunciou que o governo decretou o estado de emergência por um mês, "na sequência desta catástrofe" e instou a população "à solidariedade" e a não ceder ao pânico.

A cidade de Jérémie, conhecida como a cidade dos poetas, está relativamente isolada do resto do país, porque a estrada nacional que atravessa a ilha ainda não está concluída.

O país mais pobre do continente americano guarda ainda a memória do sismo de 12 de janeiro de 2010, com magnitude 7, que destruiu a capital e várias cidades de província.
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