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BE condena ataque e diz que Portugal se deve distanciar de escalada militarista

por Lusa

Lisboa, 14 abr (Lusa) -- O Bloco de Esquerda (BE) condenou hoje o ataque conjunto dos Estados Unidos, França e Reino Unido contra a Síria e defendeu que Portugal se deve distanciar "claramente" da escalada militarista internacional.

"O Bloco de Esquerda condena o ataque e apela à resolução pacífica do conflito sírio no quadro do Direito Internacional, garantindo aos povos da Síria a escolha livre e democrática sobre o seu futuro", lê-se no comunicado divulgado pelo partido.

O BE considera que o uso de armas químicas na Síria é "absolutamente inaceitável e deve ser investigado", mas afirma também que "este ataque não resulta de nenhum apuramento real e foi feito à margem das Nações Unidas".

Para o partido, o ataque desta madrugada "constitui uma grosseira violação do Direito Internacional e dos esforços para a paz do Congresso de Sochi" e "faz parte da escalada de militarismo internacional que vem opondo os EUA e a NATO a outras potências", uma escalada de que - diz - "Portugal se deve distanciar claramente".

O Bloco lembra as intervenções militares no Iraque, considerando que o que então se passou "deveria desencorajar a repetição dessa política no caso sírio e em qualquer outro".

"Todos os que se batem pelo primado da paz e do cumprimento do Direito Internacional e dos direitos humanos são convocados a denunciar o ataque desta madrugada. Não é aceitável qualquer normalização da violência e da barbárie, de ataques contra civis e da violação contínua do Direito Internacional", defende ainda.

Os EUA, a França e o Reino Unido realizaram hoje uma série de ataques com mísseis contra alvos associados à produção de armamento químico na Síria, em resposta a um alegado ataque com armas químicas na cidade de Douma, Ghuta Oriental, por parte do governo de Bashar al-Assad.

O Governo português disse já compreender as razões que levaram à intervenção militar desta madrugada na Síria por "três países amigos e aliados de Portugal", defendendo, no entanto, que é necessário "evitar qualquer escalada no conflito sírio, que gere ainda mais insegurança, instabilidade e sofrimento na região".

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