Azul só de nome. A super-lua que iluminou o céu

por Cristina Santos - RTP
Super-lua azul em Angra do Heroismo António Araújo - EPA

Munidos de binóculos ou não, muitos foram os narizes dos mirones que apontaram ao céu, desviando os olhos dos dedos para ver a primeira de quatro super-luas cheias deste ano. No entanto, na noite de segunda-feira, coincidiram dois fenómenos: a lua pareceu maior, mais brilhante e coincidiu com ser "azul".

Em alguns lugares, a super-lua – também uma Lua azul – ficou vermelha por causa do fumo dos incêndios florestais na América do Norte.

No entanto, mesmo sem o fumo dos incêndios, a Lua não se chama azul por ter essa cor e vai sempre ser mais amarela ou avermelhada ao anoitecer, graças à refração da luz ao redor da atmosfera no horizonte.
Foto: José Coelho - Lusa (Porto)
Porquê azul?
Uma Lua azul acontece quando há duas luas cheias no mesmo mês. No entanto, de acordo com a NASA, é raro coincidir com uma super-lua. Podem passar 20 anos entre uma super-lua azul e outra.
O que é uma super-lua?
Foto: Pedro Sarmento Costa - EPA (Peso da Régua)

A órbita da Lua à volta da Terra não é exatamente circular, portanto há um único ponto da sua órbita em que está mais perto da Terra, bem como um ponto que está mais distante.

A lua normalmente fica a cerca de 384 mil quilómetros da Terra, mas na última noite passou a 361 mil quilómetros, menos 23 mil e, por estar cheia, parece maior e mais brilhante. Aí está uma super-lua.
Foto: Thomas Traasdahl - EPA (Copenhaga)

As super-luas acontecem três ou quatro vezes por ano e as próximas devem ocorrer a 18 de setembro, 17 de outubro e 16 de novembro. A super-lua de setembro vai estar ainda mais perto da Terra.
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