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Autoridades de Gaza anunciam descoberta de nova vala comum junto do hospital Al Shifa

por Lusa
Dawoud Abu Alkas - Reuters

As autoridades de Gaza, controladas pelos islamitas do Hamas, informaram hoje sobre a descoberta de uma nova vala comum com mais de 30 corpos junto ao hospital Al Shifa, severamente atingido por ataques israelitas.

Até ao momento, as equipas de emergência conseguiram recuperar 30 corpos, que foram enterrados em dois cemitérios próximos e foram identificados apenas os corpos de doze pessoas, divulgou em comunicado o chefe do gabinete de comunicação social do Governo em Gaza, Salama Maarouf.

O "destino de cerca de 1.000 pessoas, incluindo cidadãos, pessoal médico e jornalistas" após o ataque "ainda é desconhecido" e "os seus corpos foram escondidos noutro local", segundo Maarouf, que criticou "o crime hediondo e desprezível cometido pelo exército de ocupação ao saquear o maior complexo médico da Palestina e ao destruí-lo completamente".

O chefe do gabinete de comunicação social do Governo em Gaza adiantou trata-se do "massacre mais horrendo conhecido na história contra um complexo médico", exortando o procurador do Tribunal Penal Internacional (TPI) a investigar "a todos os níveis" este massacre cometido pelo exército de ocupação no complexo de Al Shifa.

Os islamitas palestinianos do Hamas denunciaram, no início desta semana, a descoberta de novas valas comuns com "centenas" de cadáveres no hospital.

O grupo denunciou as "cenas horríveis" que se seguiram à descoberta de cadáveres em decomposição, uma "atrocidade" que atribui ao "fascismo abominável sionista".

Israel "continua as suas violações do direito internacional e a sua guerra de extermínio em grande escala", acusou o Hamas.

O conflito em curso entre Israel e o Hamas foi desencadeado pelo ataque de outubro de 2023, que provocou a morte de cerca de 1.200 israelitas, a maioria dos quais civis, e levou ao sequestro de cerca de 240 civis, dos quais mais de 100 permanecem como reféns em Gaza.

Israel, que prometeu destruir o movimento islamita palestiniano, tem bombardeado a Faixa de Gaza, onde, segundo o governo local liderado pelo Hamas, já foram mortas mais de 33.000 pessoas, a maioria das quais eram também civis.

A ofensiva israelita também tem destruído a maioria das infraestruturas de Gaza e perto de dois milhões de pessoas foram forçadas a abandonar as suas casas, a quase totalidade dos 2,3 milhões de habitantes do enclave.

A população da Faixa de Gaza também se confronta com uma crise humanitária sem precedentes, devido ao colapso dos hospitais, o surto de epidemias e escassez de água potável, alimentos, medicamentos e eletricidade.

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