Autoridades brasileiras resgataram mais de 2 mil pessoas em trabalho escravo em 2024
As autoridades brasileiras resgataram 2.004 pessoas que trabalhavam em condições análogas à escravatura no país em 2024, indicaram esta terça-feira fontes oficias
A construção civil foi a área onde houve mais resgates, com 293 casos, segundo um relatório do Ministério do Trabalho.
Seguiu-se o cultivo do café (214) e da cebola (194) e o serviço de preparação de terrenos para a agricultura (120). Em menor escala, foram registados casos na horticultura e no serviço doméstico, entre outros.
"Esses dados revelam um crescimento significativo no número de trabalhadores resgatados em áreas urbanas, que representaram 30% do total de trabalhadores em condições análogas à escravatura identificados em 2024", lê-se no comunicado.
De acordo com o relatório, cinco dos 27 estados do país concentraram 77,9% dos casos de trabalho escravo no Brasil.
Minas Gerais e São Paulo, no sudeste do país, lideram a lista com 500 e 467 pessoas resgatadas, respetivamente, seguidos pelos estados da Bahia (198), Goiás (155), Pernambuco (137) e Mato Grosso do Sul (105).
Entre 2003 e 2024, mais de 155 milhões de reais (25 milhões de euros) em indemnizações foram pagos às vítimas.
Nos últimos 30 anos, 65.598 pessoas que foram "submetidas a trabalho degradante" foram resgatadas no Brasil, de acordo com o Governo brasileiro.