Austrália tenta retirar cerca de 300 cidadãos da Nova Caledónia

por Lusa
Está difícil a situação na Nova Caledónia Mohammed Badra - EPA

O primeiro-ministro australiano disse esta segunda-feira que a situação na Nova Caledónia era "realmente preocupante", numa altura em que a Austrália tenta retirar os seus cidadãos do território ultramarino francês, após uma semana de tumultos.

"As autoridades francesas têm-nos fornecido atualizações regulares. A situação é realmente preocupante", declarou Anthony Albanese à televisão australiana ABC.

O chefe do governo disse que Camberra identificou 300 australianos que demonstraram vontade de abandonar a Nova Caledónia, onde todos os voos estão suspensos desde terça-feira.

A Austrália e a Nova Zelândia solicitaram durante o fim de semana autorização às autoridades do arquipélago para aterrarem aviões para repatriar os seus cidadãos.

"A Força Aérea Australiana está certamente pronta para descolar (...). A situação no local impede voos de momento, mas continuamos a solicitar autorização", acrescentou Albanese.

A Nova Caledónia tem sido palco de tumultos que fizeram cinco mortos, após ter sido apresentado um novo projeto de lei adotado em Paris, que determina que residentes franceses que vivem no arquipélago há dez anos sejam autorizados a votar nas eleições locais.

Os líderes políticos locais, incluindo os defensores da independência, temem que as forças da Nova Caledónia fiquem enfraquecidas com a nova medida.

As autoridades francesas tinham anunciado no sábado à noite o envio de mais 600 efetivos das forças de segurança para a Nova Caledónia, a juntar a mais de 2.700 já presentes no arquipélago do Pacífico.

 

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