Atentado suicida a uma esquadra de polícia causa dois mortos na Indonésia

por Lusa

Pelo menos duas pessoas morreram e oito ficaram feridas hoje durante um atentado suicida contra uma esquadra de polícia na cidade indonésia de Bandung, no oeste da ilha de Java, disseram as forças de segurança.

O diretor do departamento de informação da polícia indonésia, Ahmad Ramadhan, disse que as vítimas mortais são um agente e o suposto bombista suicida, de acordo com o portal noticioso indonésio Detik.

Ramadhan indicou que sete feridos, três dos quais em estado grave, são agentes da polícia e estão a receber tratamento num hospital na província de Java Ocidental.

O ataque ocorreu na esquadra de Astana Anyar, uma zona popular devido às lojas de comida, e segundo informações preliminares, o alegado suicida entrou nas instalações de motorizada, com uma arma e explosivos.

O chefe da polícia de Bandung, Aswin Sipayung, disse que as autoridades receberam um alerta de bomba às 08:20 (01:20 em Lisboa), quando um indivíduo entrou na esquadra da polícia, durante uma cerimónia matinal realizada no exterior do edifício, brandindo uma arma.

"Houve uma explosão. O homem que carregava a bomba morreu na entrada da esquadra de polícia de Astanaanyar", disse Sipayung, citado pelo portal de notícias indonésio Kompas.

Depois do ataque, a área foi isolada num raio de 200 metros e a estrada foi temporariamente fechada à circulação.

As autoridades estão a investigar se o suposto bombista tem ligações com um dos grupos fundamentalistas islâmicos que operam na Indonésia, embora, até ao momento, nenhuma organização tenha reivindicado a autoria do ataque.

O chefe da polícia de Java Ocidental, Suntana, disse que o homem trouxe duas bombas, mas que uma aparentemente não explodiu e foi desativada.

Suntana disse que a polícia encontrou um papel colado na motocicleta do alegado suicida com as palavras: "O código penal é a lei dos infiéis, vamos lutar contra os aplicadores da lei satânica".

O Parlamento da Indonésia aprovou na terça-feira uma revisão ao código penal que criminaliza e pune com pena de prisão o adultério e relações sexuais fora do casamento.

No entanto, e ao contrário do que pretendiam os deputados conservadores, um artigo que criminalizava as relações entre pessoas do mesmo sexo acabou por ser retirado da lei.

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