A China realizou ataques com mísseis simulados, esta sexta-feira, nos seus exercícios de dois dias em Taiwan, avançou a televisão estatal CCTV. Pequim afirma que as manobras militares em curso têm como objetivo testar a capacidade para, eventualmente, "tomar o poder" na ilha.
Os bombardeiros montaram várias formações de ataque nas águas a leste de Taiwan, realizando ataques simulados em coordenação com navios de guerra, acrescentou a CCTV, enquanto a China testava a sua capacidade de "tomar o poder" e controlar áreas-chave de Taiwan.Os exercícios de dois dias, que começaram na manhã de quinta-feira, visam testar a "capacidade de tomar o poder e realizar ataques conjuntos, bem como controlar territórios chave", disse o porta-voz do teatro de operações oriental do Exército chinês, Li Xi.
As manobras, que envolvem unidades militares chinesas da Força Aérea, da força de mísseis, da Marinha, do Exército e da Guarda Costeira, foram anunciadas subitamente na manhã de quinta-feira, com mapas que mostram cinco áreas-alvo aproximadas no mar que rodeia a ilha principal de Taiwan. Outras áreas também visavam as ilhas offshore de Taiwan, que estão próximas do continente chinês.
Os dois dias de exercícios, que também incluíram o bombardeamento simulado de navios estrangeiros, começaram três dias depois de Lai ter tomado posse na segunda-feira. Taipé condenou as ações de Pequim.
O Ministério chinês da Defesa afirmou que os exercícios serviram para testar a capacidade das suas forças armadas para "tomar o poder" e ocupar áreas-chave, de acordo com o objetivo final de Pequim de anexar Taiwan.
O Governo e o povo de Taiwan rejeitam a perspetiva de um domínio chinês, mas o Governo de Xi Jinping não excluiu o uso da força para conquistar a ilha. Os serviços secretos ocidentais afirmam que o presidente chinês disse ao Exército Popular de Libertação para ser capaz de efetuar uma invasão até 2027.
Esta sexta-feira, a Guarda Costeira chinesa afirmou ter efetuado "exercícios de aplicação da lei" ao largo da costa oriental de Taiwan.
A Reuters, que cita um responsável pela segurança de Taiwan, afirma que os exercícios incluíram "inspeções simuladas" a embarcações civis. O mesmo funcionário disse que o Exército de Libertação da China (ELP) também efetuou ataques simulados a navios estrangeiros perto do extremo leste do Canal Bashi, que separa Taiwan das Filipinas, e que cerca de 24 aviões de guerra se aproximaram "perto" de Taiwan, mas nenhum entrou na zona contígua, que se estende por 24 milhas náuticas ao largo.
Na quinta-feira, o exército Chinês revelou que as manobras estão a decorrer "no Estreito de Taiwan, a norte, sul e leste da ilha de Taiwan, bem como nas zonas em torno das ilhas de Kinmen, Matsu, Wuqiu e Dongyin", que se situam na proximidade imediata da costa oriental chinesa.
A primeira cadeia de ilhas refere-se à área que se estende do Japão a Taiwan, às Filipinas e ao Bornéu, cercando os mares costeiros da China.
Pelo menos três navios da Guarda Costeira chinesa também foram vistos ao largo do sudoeste de Taiwan, segundo os rastreadores de navios online.
A CCTV avança que, o navio chinês Nantong efetuou patrulhas de prontidão de combate e missões de exercícios práticos no Estreito de Taiwan, com o navio taiwanês Zheng He a seguir 0,6 milhas náuticas atrás.
Esta sexta-feira, o ELP mostrou um vídeo animado na sua conta da rede social WeChat de mísseis a serem lançados contra Taiwan a partir do solo, do ar e do mar, que depois atingiram as cidades de Taipei, Kaohsiung e Hualien em bolas de fogo. A CCTV revelou mais tarde que a China encenou ataques simulados com mísseis contra Taiwan, usando dezenas de mísseis.
Na tarde de quinta-feira, o ELP revelou que jatos de combate carregando mísseis reais realizaram com sucesso "ataques simulados" em alvos militares de Taiwan, mas até agora os exercícios são menores em escala do que os realizados em 2022 e 2023. Pequim não declarou nenhuma zona de exclusão aérea e não foi utilizado fogo real, exceto em áreas de treino no continente chinês, segundo Taiwan.
O Ministério chinês da Defesa revelou ainda que foram enviados 19 navios de guerra ao redor do perímetro de Taiwan, 16 navios da polícia marítima e 49 aviões de guerra, dos quais 35 cruzaram a linha mediana, a fronteira de facto entre a China e Taiwan.
Lai Ching-te confiante nas forças armadas de Taiwan
Em reação às manobras militares chinesas, Taiwan enviou jatos, colocou as suas forças em alerta e deslocou sistemas de mísseis anti-navio para as zonas costeiras.
A partir de uma base militar em Taoyuan, na quinta-feira, o novo presidente de Taiwan, Lai Ching-te, disse ter confiança nas forças armadas para proteger a ilha. Lai tomou posse como presidente de Taiwan na segunda-feira, depois de ter ganho as eleições democráticas de janeiro. Lai e a sua antecessora, Tsai Ing-wen, pertencem ao Partido Democrático Progressista (DPP), pró-soberania, que Pequim considera separatista.
O Ministério da Defesa Nacional de Taiwan disse na quinta-feira que enviou "forças marítimas, aéreas e terrestres em resposta (...) para defender a liberdade, a democracia e a soberania" da ilha e garantiu que "todos os oficiais e soldados do exército nacional estão preparados para a guerra".
Esta sexta-feira, o Ministério da Defesa de Taiwan publicou imagens de F-16, armados com mísseis reais, a patrulhar os céus, e imagens de navios da guarda costeira chinesa, que estão a participar nos exercícios, e de corvetas chinesas da classe Jiangdao, embora não tenha dito exatamente onde as imagens foram tiradas.
Segundo o Ministério, foram detetados 49 aviões militares chineses, 19 da marinha e sete navios da guarda costeira. Dos aviões, 28 atravessaram a linha mediana do estreito, que em tempos serviu de barreira não oficial, embora a China diga que não a reconhece.
O avião chinês que mais se aproximou da costa de Taiwan foi a 40 milhas náuticas (74 quilómetros) da cidade de Keelung, no norte do país, e base da marinha, segundo um mapa fornecido pelo Ministério.
Um oficial de relações públicas da 7ª Frota da Marinha dos Estados Unidos disse que o país está atento a "todas as atividades" no Indo-Pacífico e leva "muito a sério" a responsabilidade de impedir a agressão na região.
Taiwan e os Estados Unidos não têm uma relação diplomática oficial, uma vez que Washington reconhece formalmente Pequim, mas é obrigado por lei a fornecer a Taiwan os meios para se defender e é o mais importante apoiante internacional da ilha.
O território de 23 milhões de habitantes opera como uma entidade política soberana, com diplomacia e exército próprios, apesar de oficialmente não ser independente. Pequim considera a ilha uma província sua, que deve ser reunificada, pela força, caso seja necessário.
O Governo derrotado da República da China fugiu para Taiwan em 1949, depois de perder uma guerra civil para os comunistas de Mao Zedong, que fundaram a República Popular da China.
As manobras, que envolvem unidades militares chinesas da Força Aérea, da força de mísseis, da Marinha, do Exército e da Guarda Costeira, foram anunciadas subitamente na manhã de quinta-feira, com mapas que mostram cinco áreas-alvo aproximadas no mar que rodeia a ilha principal de Taiwan. Outras áreas também visavam as ilhas offshore de Taiwan, que estão próximas do continente chinês.
Os dois dias de exercícios, que também incluíram o bombardeamento simulado de navios estrangeiros, começaram três dias depois de Lai ter tomado posse na segunda-feira. Taipé condenou as ações de Pequim.
O Ministério chinês da Defesa afirmou que os exercícios serviram para testar a capacidade das suas forças armadas para "tomar o poder" e ocupar áreas-chave, de acordo com o objetivo final de Pequim de anexar Taiwan.
O Governo e o povo de Taiwan rejeitam a perspetiva de um domínio chinês, mas o Governo de Xi Jinping não excluiu o uso da força para conquistar a ilha. Os serviços secretos ocidentais afirmam que o presidente chinês disse ao Exército Popular de Libertação para ser capaz de efetuar uma invasão até 2027.
Esta sexta-feira, a Guarda Costeira chinesa afirmou ter efetuado "exercícios de aplicação da lei" ao largo da costa oriental de Taiwan.
A Reuters, que cita um responsável pela segurança de Taiwan, afirma que os exercícios incluíram "inspeções simuladas" a embarcações civis. O mesmo funcionário disse que o Exército de Libertação da China (ELP) também efetuou ataques simulados a navios estrangeiros perto do extremo leste do Canal Bashi, que separa Taiwan das Filipinas, e que cerca de 24 aviões de guerra se aproximaram "perto" de Taiwan, mas nenhum entrou na zona contígua, que se estende por 24 milhas náuticas ao largo.
Na quinta-feira, o exército Chinês revelou que as manobras estão a decorrer "no Estreito de Taiwan, a norte, sul e leste da ilha de Taiwan, bem como nas zonas em torno das ilhas de Kinmen, Matsu, Wuqiu e Dongyin", que se situam na proximidade imediata da costa oriental chinesa.
A primeira cadeia de ilhas refere-se à área que se estende do Japão a Taiwan, às Filipinas e ao Bornéu, cercando os mares costeiros da China.
Pelo menos três navios da Guarda Costeira chinesa também foram vistos ao largo do sudoeste de Taiwan, segundo os rastreadores de navios online.
A CCTV avança que, o navio chinês Nantong efetuou patrulhas de prontidão de combate e missões de exercícios práticos no Estreito de Taiwan, com o navio taiwanês Zheng He a seguir 0,6 milhas náuticas atrás.
Esta sexta-feira, o ELP mostrou um vídeo animado na sua conta da rede social WeChat de mísseis a serem lançados contra Taiwan a partir do solo, do ar e do mar, que depois atingiram as cidades de Taipei, Kaohsiung e Hualien em bolas de fogo. A CCTV revelou mais tarde que a China encenou ataques simulados com mísseis contra Taiwan, usando dezenas de mísseis.
Na tarde de quinta-feira, o ELP revelou que jatos de combate carregando mísseis reais realizaram com sucesso "ataques simulados" em alvos militares de Taiwan, mas até agora os exercícios são menores em escala do que os realizados em 2022 e 2023. Pequim não declarou nenhuma zona de exclusão aérea e não foi utilizado fogo real, exceto em áreas de treino no continente chinês, segundo Taiwan.
O Ministério chinês da Defesa revelou ainda que foram enviados 19 navios de guerra ao redor do perímetro de Taiwan, 16 navios da polícia marítima e 49 aviões de guerra, dos quais 35 cruzaram a linha mediana, a fronteira de facto entre a China e Taiwan.
Lai Ching-te confiante nas forças armadas de Taiwan
Em reação às manobras militares chinesas, Taiwan enviou jatos, colocou as suas forças em alerta e deslocou sistemas de mísseis anti-navio para as zonas costeiras.
A partir de uma base militar em Taoyuan, na quinta-feira, o novo presidente de Taiwan, Lai Ching-te, disse ter confiança nas forças armadas para proteger a ilha. Lai tomou posse como presidente de Taiwan na segunda-feira, depois de ter ganho as eleições democráticas de janeiro. Lai e a sua antecessora, Tsai Ing-wen, pertencem ao Partido Democrático Progressista (DPP), pró-soberania, que Pequim considera separatista.
O Ministério da Defesa Nacional de Taiwan disse na quinta-feira que enviou "forças marítimas, aéreas e terrestres em resposta (...) para defender a liberdade, a democracia e a soberania" da ilha e garantiu que "todos os oficiais e soldados do exército nacional estão preparados para a guerra".
Esta sexta-feira, o Ministério da Defesa de Taiwan publicou imagens de F-16, armados com mísseis reais, a patrulhar os céus, e imagens de navios da guarda costeira chinesa, que estão a participar nos exercícios, e de corvetas chinesas da classe Jiangdao, embora não tenha dito exatamente onde as imagens foram tiradas.
Segundo o Ministério, foram detetados 49 aviões militares chineses, 19 da marinha e sete navios da guarda costeira. Dos aviões, 28 atravessaram a linha mediana do estreito, que em tempos serviu de barreira não oficial, embora a China diga que não a reconhece.
O avião chinês que mais se aproximou da costa de Taiwan foi a 40 milhas náuticas (74 quilómetros) da cidade de Keelung, no norte do país, e base da marinha, segundo um mapa fornecido pelo Ministério.
Um oficial de relações públicas da 7ª Frota da Marinha dos Estados Unidos disse que o país está atento a "todas as atividades" no Indo-Pacífico e leva "muito a sério" a responsabilidade de impedir a agressão na região.
Taiwan e os Estados Unidos não têm uma relação diplomática oficial, uma vez que Washington reconhece formalmente Pequim, mas é obrigado por lei a fornecer a Taiwan os meios para se defender e é o mais importante apoiante internacional da ilha.
O território de 23 milhões de habitantes opera como uma entidade política soberana, com diplomacia e exército próprios, apesar de oficialmente não ser independente. Pequim considera a ilha uma província sua, que deve ser reunificada, pela força, caso seja necessário.
O Governo derrotado da República da China fugiu para Taiwan em 1949, depois de perder uma guerra civil para os comunistas de Mao Zedong, que fundaram a República Popular da China.
A República da China continua a ser o nome oficial de Taiwan, embora apenas 12 países a reconheçam diplomaticamente, na sua maioria pequenas nações em desenvolvimento, como Palau e Guatemala.
c/ agências