O Ministério de Saúde da Faixa de Gaza, controlado pelo movimento islamita Hamas, disse que ataques aéreos israelitas mataram pelo menos 704 pessoas, a maioria mulheres e crianças, nas últimas 24 horas.
Num comunicado, o ministério disse que os ataques causaram o desabamento de prédios residenciais, causando em alguns casos a morte de dezenas de moradores.
Duas famílias perderam um total de 47 membros numa casa destruída em Rafah, no sul da Faixa de Gaza, disse o ministério.
Também no sul de Gaza, em Khan Younis, um ataque a um prédio de quatro andares matou pelo menos 32 pessoas, incluindo 13 membros de uma só família, disse Ammar al-Butta, um familiar que sobreviveu ao ataque.
Cerca de 100 pessoas encontravam-se abrigadas no prédio, incluindo muitas que haviam sido retiradas da Cidade de Gaza, no norte do enclave, notou Ammar al-Butta.
"Achávamos que a nossa área seria segura", continuou al-Butta à agência de notícias Associated Press (AP).
Isto porque, a 13 de outubro, Israel emitiu uma "ordem de deslocação" para cerca de 1,1 milhões de pessoas no norte da Faixa de Gaza para sul, ameaçando lançar uma incursão terrestre no território palestiniano.
Um outro ataque destruiu um movimentado mercado no campo de refugiados de Nuseirat, no centro de Gaza, disseram testemunhas à AP.
Na Cidade de Gaza, pelo menos 19 pessoas morreram quando um ataque aéreo atingiu uma habitação, de acordo com sobreviventes, que afirmaram que dezenas de outras pessoas permaneceram soterradas.
Na terça-feira, o ministério tinha anunciado que 5.791 pessoas, na grande maioria civis, incluindo mais de 2.300 crianças, foram mortas desde 7 de outubro, quando iniciaram os ataques contra Gaza, em retaliação a uma ofensiva levada a cabo pelo Hamas contra Israel.
No mesmo dia, a diretora Regional do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) para o Médio Oriente e Norte de África, Adele Khodr, disse que pelo menos 2.360 crianças tinham morrido e 5.364 ficado feridas.