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Ataques de Israel matam líder do Hezbollah, Hassan Nasrallah, no Líbano. A evolução da guerra no Médio Oriente ao minuto

Ataque israelita na Síria provoca dois mortos

por Lusa

Pelo menos duas pessoas morreram hoje num bombardeamento israelita contra um veículo na província de Quneitra, no sul da Síria, incluindo um homem que alegadamente trabalhava para o grupo xiita libanês Hezbollah, relataram várias fontes citadas pela agência EFE.

O ataque, na estrada que liga Quneitra a Damasco, provocou a morte de um alegado colaborador do Hezbollah no recrutamento de militantes na população e transporte de armas, informou o Observatório Sírio para os Direitos Humanos em comunicado.

Segundo a organização sediada no Reino Unido e com uma vasta rede de colaboradores no terreno, a segunda vítima é um indivíduo que o acompanhava.

O carro foi atingido numa das entradas da cidade de Khan Anarbeh, na fronteira altamente sensível com os Montes Golã ocupados, que Israel tomou à Síria durante a Guerra dos Seis Dias em 1967 e posteriormente anexou de forma unilateral.

Por seu lado, o Exército israelita anunciou em comunicado que matou em Quneitra um combatente identificado como Ahmad al-Jabr, membro da "Rede Terrorista dos Golã do Hezbollah, a sua célula terrorista na Síria".

Segundo o comunicado, a Força Aérea israelita atacou ainda outro indivíduo na zona de Al-Rafid, no sul da Síria, acusando-o de realizar atividades terroristas contra Israel e de operar sob ordens iranianas, sem esclarecer se pertence a algum grupo específico.

A agência oficial de notícias síria SANA confirmou a morte de duas pessoas no ataque a Khan Anarbeh, ao mesmo tempo que noticiou uma ação de artilharia israelita em Al-Rafid.

O Hezbollah está presente na Síria como aliado do regime de Damasco e, embora alegadamente tenha colaboradores locais, nunca foi confirmado que exista algum membro nas suas fileiras que não seja de nacionalidade libanesa.

Nos últimos meses, Israel realizou vários ataques contra veículos na autoestrada entre Damasco e Beirute, incluindo um no final de agosto que matou três membros da Jihad Islâmica Palestiniana e outro do Hezbollah a poucos quilómetros da fronteira com o Líbano.

Paralelamente a esta campanha de ataques seletivos, Israel continua a bombardear regularmente alvos do Exército sírio e das milícias pró-Irão que o apoiam.

Durante a noite da passada segunda-feira, várias vagas de ações aéreas israelitas provocaram 18 mortos na província de Hama, no noroeste, de acordo com o último balanço oficial, embora o Observatório tenha apresentado um número muito mais elevado e afirmado que várias das vítimas trabalhavam com organizações pró-iranianas.

Desde o início da guerra na Faixa de Gaza, em 07 de outubro, o Hezbollah e as forças de Telavive mantêm trocas de tiros diárias ao longo da fronteira entre o Líbano e Israel, num nível de violência sem precedentes desde 2006 e com potencial para aumentar e desestabilizar ainda mais o Médio Oriente.

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