Artemis III. NASA divulga plano para levar primeira mulher e próximo homem à Lua

por Nuno Patrício - RTP
Buzz Aldrin, aqui na foto, e Neil Armstrong foram os primeiros humanos a pisar solo lunar em julho de 1969. Agora a NASA quer enviar um homem e uma mulher. Foto: Missão Apollo 11 - NASA/DR

Após uma série de concessões críticas de contratos e marcos de hardware, a NASA publicou recentemente uma atualização do programa Artemis, que inclui os últimos planos da fase 1 para colocar a primeira mulher e próximo homem astronautas na superfície da Lua, em 2024.

Desde que aceitou o desafio de acelerar os planos em mais de quatro anos e estabelecer uma exploração sustentável até o final da década, a NASA ganhou impulso para enviar novamente humanos à Lua.A última missão lunar Apollo, da agência espacial dos Estados Unidos, realizou-se em 1972.

O administrador da NASA Jim Bridenstine elogia este esforço: “Com o apoio bipartidário do Congresso, este nosso impulso neste século XXI, até à Lua está novamente ao alcance da América”.

“Conforme solidificamos os nossos planos de exploração nos últimos meses, continuamos a apurar os nossos orçamentos e arquitetura. Estamos de volta à Lua em busca de descobertas científicas, benefícios económicos e inspiração para uma nova geração de exploradores. À medida que construímos uma presença sustentável, também vamos criando impulso para realizar os primeiros passos humanos no Planeta Vermelho”, acrescentou.

Foto: NASA/DR

Um discurso que surge num período em que a NASA apresenta a evolução da missão Artemis, até agora, e identifica as principais missões científicas, tecnológicas e humanas, bem como as parcerias comerciais e internacionais que vão garantir, de acordo com a agência, a liderança na exploração e alcançar a ambiciosa meta de pousar astronautas na Lua.

Com o avançar do tempo, o cronograma da missão mostra agora que o lançamento da missão Artemis II está em pleno andamento, sem atrasos e em velocidade cruzeiro.

Prova disso é a apresentação da equipa de quatro astronautas, na próxima segunda-feira, que vai voar nesta missão, agora tripulada, até à Lua e voltar.



A tripulação será constituída por três astronautas da NASA e um astronauta da Agência Espacial Canadiana, o que demonstra o empenho da agência nas parcerias internacionais através do programa Artemis.

A missão Artemis II é o primeiro teste de voo da tripulação no caminho para estabelecer uma presença científica e humana a longo prazo na superfície lunar, depois do bem sucedido teste de voo Artemis I, que lançou a cápsula espacial numa viagem solitária de 2,25 milhões de quilómetros até à Lua e em redor dela.

A missão não tripulada serviu para testar sistemas antes dos voos com astronautas.

Foto: NASA/DR

Nesta próxima missão Artemis, o sistema de lançamento vai voltar a incidir no poderoso novo foguete da agência, o Sistema de Lançamento Espacial (SLS), onde encaixará a cápsula espacial Orion.

O lançador ainda em fase de montagem, e sem a cápsula, vai passar ainda por uma série final de testes que culminarão num teste crítico de fogo quente, no próximo outono.

Foto: NASA/DR

A ser bem-sucedido, o estágio principal será enviado para o Kennedy Space Center da agência, na Florida, para integração da Orion. A NASA espera lançar o SLS e a Orion na missão Artemis II, com tripulação, até ao final de 2023.

A NASA diz estar a fazer tudo para que, em 2024, a missão Artemis III seja uma realidade, com o retorno da humanidade à superfície da Lua - pousando os primeiros astronautas no Pólo Sul lunar.

Após o lançamento no SLS, os astronautas vão viajar cerca de 386 mil quilómetros, até à órbita lunar, a bordo do Orion. Posteriormente, embarcarão num dos novos módulos lunares comerciais, que estão a ser desenvolvidos por parcerias privadas.

Foto: NASA/DR

Se tudo correr como previsto, a Lua voltará a ter a presença de dois seres humanos, uma mulher e um homem, após uma ausência que dura já há 53 anos.
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