Arábia Saudita pede contenção após ataques contra houthis

por Lusa
A Arábia Saudita apelou à contenção após ataques contra houthis Yahya Arhab - EPA

A Arábia Saudita, um dos principais aliados dos EUA no Médio Oriente, apelou à contenção após ataques contra posições dos rebeldes houthis no Iémen, em retaliação pelas ofensivas contra navios no mar Vermelho.

O Ministério dos Negócios Estrangeiros saudita disse que "acompanha com grande preocupação as operações militares que ocorrem na região do Mar Vermelho e os ataques aéreos contra vários locais da República do Iémen".

Num comunicado, a diplomacia saudita apelou à preservação da segurança e a estabilidade na região do Mar Vermelho, recordou que a liberdade de navegação é "uma exigência internacional porque prejudica os interesses do mundo inteiro" e condenou os ataques dos houthis contra navios mercantes.

O ministério defendeu a necessidade de "contenção e evitar a escalada", sobretudo face aos "acontecimentos que estão a ocorrer na região", numa referência à guerra entre Israel e o movimento islamita palestiniano na Faixa de Gaza.

Durante uma viagem pelo Médio Oriente, o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, reuniu-se com o príncipe herdeiro saudita, Mohamed bin Salman, em 8 de janeiro, para abordar os "esforços" feitos para evitar que a guerra em Gaza se expanda a toda a região.

A Arábia Saudita, que faz fronteira com o Iémen, tem intervindo na guerra civil do país vizinho Iémen desde 2015, no comando de uma coligação militar que apoia o governo no conflito contra os houthis.

Os Estados Unidos, o Reino Unido e outros oito países justificaram hoje a ação militar lançada contra alvos dos rebeldes em várias províncias do Iémen com um compromisso com a liberdade de navegação.

Numa declaração conjunta, os dez países signatários (EUA, Reino Unido, Austrália, Bahrein, Canadá, Países Baixos, Dinamarca, Alemanha, Nova Zelândia e Coreia do Sul) observaram que o objetivo continua a ser "reduzir as tensões e restaurar a estabilidade no Mar Vermelho".

"Não hesitaremos em defender vidas e proteger o livre fluxo do comércio numa das rotas marítimas mais críticas do mundo face às ameaças contínuas", afirmaram.

 

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