Após "exame". Máquina de guerra israelita nega ter atacado coluna humanitária
O exército israelita veio esta sexta-feira negar, com base no que descreveu como "o exame realizado pelo comando", ter atacado uma coluna humanitária em Gaza no passado dia 29 de fevereiro, argumentando que os "soldados dispararam contra suspeitos". Os disparos fizeram, segundo o balanço do movimento radical palestiniano Hamas, pelo menos 115 mortos entre os civis que ali procuravam obter bens essenciais.
Além do Hamas, que administra a Faixa de Gaza, a Autoridade Palestiniana, confinada à Cisjordânia, condenou o que classificou como "massacre atroz", decorrente "da guerra genocida" desencadeada pelo "Governo de ocupação".
Recorde-se que, no momento do ataque, o exército de Israel alegara que as mortes haviam sido provocadas por uma "fuga desordenada", avançando então com um balanço contido de dez mortos.
Os acontecimentos de 29 de fevereiro no norte de Gaza mereceram condenações generalizadas à escala global.
Com a guerra a somar já seis meses, o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, reiterou na quinta-feira que a ofensiva militar vai continuar em toda a extensão da Faixa de Gaza.Ainda assim, espera-se que as negociações para um novo período de cessar-fogo sejam retomadas na próxima semana.