Após eleições. Taiwan deteta 24 aviões militares chineses em 24 horas

O Ministério da Defesa de Taiwan registou, em 24 horas, 24 aviões militares chineses a sobrevoarem a ilha e em "patrulhas conjuntas de prontidão de combate" com navios de guerra chineses. É a primeira atividade militar de grande escala após as eleições.

RTP /
Os aviões chineses continuam a sobrevoar Taiwan Ritchie B. Tongo - EPA

Segundo um comunicado do Ministério da Defesa, “24 aviões (incluindo caças Su-30) e cinco navios chineses foram detetados ao largo da ilha”.

Destes, “11 aviões atravessaram a linha mediana – uma demarcação não oficial entre a China e Taiwan que Pequim não reconhece – e entraram na Zona de Identificação de Defesa Aérea (Adiz) do sudoeste e do norte”, acrescenta o documento.
Esta é a maior demonstração de força de Pequim em torno da ilha desde as eleições presidenciais em Taiwan, a 13 de janeiro, de acordo com a agência de notícias France Presse.
"A segurança e a prosperidade da região do Estreito de Taiwan estão intimamente relacionadas com o desenvolvimento e a estabilidade globais, e são obrigações e responsabilidades que todas as partes na região devem partilhar", frisa o comunicado.

As autoridades de Taiwan referem incursões quase diárias de aviões do exército chinês, que efetuou grandes manobras militares em torno da ilha no ano passado.

Em setembro, Pequim enviou 103 aviões em torno de Taiwan no espaço de 24 horas, o que Taipé descreveu como um "recorde".

Os taiwaneses elegeram William Lai Ching-te, do Partido Democrático Progressista (DPP), para presidente, tendo este prometido proteger o território das "ameaças e intimidações" da China. Lai, que toma posse a 20 de maio, defendeu várias vezes conversações com a China. Algo que Pequim recusou.

A China, que considera a ilha de Taiwan como uma das suas províncias, a ser reunificada pela força se necessário, descreveu William Lai como um separatista perigoso e ameaçou os seus apoiantes com consequências terríveis.

Dois dias após as eleições, Nauru, uma pequena nação do Pacífico com 12.500 habitantes, anunciou o corte de relações diplomáticas com Taiwan, que agora reconhece "como uma parte inalienável do território chinês".

c/ agências

 

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