À chegada para a cimeira da NATO, que começa esta terça-feira em Vilnius, na Lituânia, o primeiro-ministro disse estar otimista, afirmando que "tudo o que podia ser complicado está neste momento resolvido".
“Tudo o que podia ser complicado está neste momento resolvido”, disse António Costa aos jornalistas à chegada para a cimeira, referindo-se à decisão da Turquia, que na noite de segunda-feira deu luz verde à entrada da Suécia na NATO.
“Era difícil podermos começar melhor esta cimeira, agora só espero que a cimeira não estrague aquilo que começou tão bem”, disse o primeiro-ministro. Sobre a adesão da Ucrânia à NATO, Costa diz que apenas acontecerá “quando houver condições”, e sublinhou que a prioridade neste momento é prestar apoio à Ucrânia na luta pela defesa do direito internacional.
O primeiro-ministro destacou ainda que o comunicado final “aceitou uma proposta de Portugal de se dar uma atenção muito significativa a todo o flanco sul da NATO”, salientando a necessidade de “desenvolver outras parcerias e de estabelecer outras oportunidades de cooperação a sul”.
“Insistimos bastante e felizmente no comunicado final está agora claramente consagrado, e numa linguagem muito positiva, a parceria com os nossos parceiros do norte de Africa, do Sahel e do Médio Oriente”, asseverou.
Reforço do investimento na Defesa
Nesta cimeira, os aliados vão também comprometer-se com um aumento das despesas na Defesa.
António Costa adiantou que este ano, Portugal vai alcançar um dos dois objetivos mais importantes: pelo menos 20% do investimento em Defesa vai ser um investimento em capacidades e equipamentos.
“Esse objetivo vai ser alcançado este ano e vai ser uma mudança muito significativa”, disse o primeiro-ministro.
Em relação ao compromisso dos 31 Estados-membros de atingir o patamar dos dois por cento do PIB de despesas com a Defesa, António Costa disse que Portugal “irá progredir” nesse sentido.
“O facto de não estarmos a atingir os 1,63 com que nos tínhamos comprometido tem a ver com o facto de o PIB estar a crescer mais do que aquilo que eram as nossas estimativas, o que não quer dizer que a despesa na Defesa não tenha aumentado”, explicou Costa.
Os líderes dos países-membros da NATO estão reunidos em Vilnius. Para além do apoio à Ucrânia e da possível entrada do país na Aliança, na agenda desta cimeira estarão ainda temas como o reforço das capacidades de dissuasão e do investimento na Defesa e a entrada da Suécia na NATO.
O secretário-geral da NATO, que na segunda-feira anunciou que a Turquia deu finalmente luz verde à entrada da Suécia na Aliança, disse na manhã desta terça-feira que esta cimeira “já é histórica”.