António Costa: cessar-fogo para a Rússia se reorganizar e voltar a atacar é erro estratégico

por Andrea Neves, correspondente da Antena1 em Bruxelas

Vídeo: Tony da Silva

O presidente do Conselho Europeu considera que uma interrupção temporária da guerra - um cessar-fogo - na Ucrânia só serviria para dar oportunidade à Rússia de se fortalecer e voltar a atacar, o que seria um erro estratégico.

António Costa aprecia o esforço que os Estados Unidos estão a fazer para chamar a Rússia à mesa das negociações, mas ressalva que "a Rússia não cumpriu o que foi acordado em Budapeste, não cumpriu o que foi acordado em Minsk I, nem em Minsk II, vamos ver se cumpre o que for agora acordado".

"O que verdadeiramente importa é uma paz justa e duradoura. Se é esse o caminho, ótimo. Esperemos que seja”, acrescenta.

Em entrevista à Antena 1 a partir de Bruxelas, o presidente do Conselho Europeu diz que não basta um mero cessar-fogo. António Costa considera que é essencial investir mais em defesa, mas isso não significa deixar de lado o Estado social europeu.
Portugal tem imagem robusta no contexto europeu
António Costa diz que Portugal tem tido em conta o interesse europeu e que isso não tem mudado com os governos nacionais. O presidente do Conselho Europeu diz ainda que acredita que Portugal se vai manter na lista dos países com maior execução do PRR. Costa considera que África continua a ser uma prioridade para a União Europeia, apesar das mudanças que se têm sentido no panorama internacional. O ex-primeiro-ministro português afirma estar a trabalhar com o presidente da União Africana para que este ano se realize uma nova cimeira entre a União Europeia e a União Africana.

Entrevista ao presidente do Conselho Europeu conduzida por Andrea Neves, correspondente da Antena 1 em Bruxelas | Captação e edição vídeo de Tony da Silva.
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