Em direto
Guerra na Ucrânia. A evolução do conflito ao minuto

Antigo vice-ministro da Justiça da China detido após anúncio de "inspecções disciplinares"

por Lusa
Liu Zhiqiang foi detido por ter aceite subornos Xinhua via EPA

A China anunciou que o antigo vice-ministro da Justiça Liu Zhiqiang foi detido por alegadamente ter aceitado subornos, dias após Pequim lançar nova ronda de "inspeções disciplinares" no seio do Partido Comunista e do Estado.

O caso de Liu Zhiqiang (2016-2023) está agora nas mãos da Procuradoria Popular Suprema, para ser examinado e subsequentemente processado, depois de a Comissão Nacional de Supervisão - o principal organismo estatal anticorrupção da China - ter concluído a investigação, informou a instituição num breve comunicado.

A Procuradoria Popular Suprema também comunicou na quarta-feira a detenção do antigo vice-presidente da Câmara Municipal de Pequim, Gao Peng (2023-2024), por suspeita de suborno e negligência no exercício das suas funções.

Ambas as detenções ocorreram depois de o Comité Central do Partido Comunista Chinês (PCC), a liderança máxima do partido, ter lançado nova ronda de "inspeções disciplinares de rotina", que irá examinar as práticas de 34 departamentos centrais do PCC e do Estado.

De acordo com a agência de notícias oficial Xinhua, os inquéritos vão centrar-se no "desempenho das funções" das organizações do Partido, em particular na implementação de "planos de reforma", na prevenção e mitigação de "grandes riscos" e na promoção de uma governação interna "rigorosa e abrangente".

Os inspetores permanecerão nos departamentos acima mencionados durante cerca de dois meses, período durante o qual serão criadas linhas telefónicas e caixas de correio "para receber relatórios sobre violações disciplinares e outros problemas envolvendo funcionários do partido", disse a Xinhua.

Após ascender ao poder em 2012, o atual presidente da China e secretário-geral do Partido Comunista, Xi Jinping, lançou uma campanha anticorrupção que resultou na condenação de milhares de altos funcionários chineses, tanto institucionais como de empresas públicas.

 

PUB