A antiga primeira-ministra são-tomense, Maria das Neves, formalizou hoje a sua candidatura às eleições presidenciais de 18 de julho junto do Tribunal Constitucional (TC), sendo esta a terceira vez que concorre para o cargo.
Maria das Neves, líder da organização feminina do principal partido do governo, o Movimento de Libertação de São Tomé e Príncipe - Partido Social Democrata (MLSTP-PSD,) prometeu "o começo de uma nova era" para São Tomé e Príncipe caso seja eleita Presidente da República.
"Apelamos a todos os são-tomenses no país e na diáspora para que possam dar uma oportunidade a esta senhora que tem um projeto efetivo para o desenvolvimento de São Tomé e Príncipe", disse Miguel Gomes, diretor de campanha de Maria das Neves.
"Esta candidatura tem o condão de ser uma candidatura mãe, porque ela é independente, abrange todos os setores da vida nacional, congrega toda a gente e tem uma visão de estabilidade", disse, por seu lado, o mandatário, Demétrio Salvaterra.
São Tomé e Príncipe "não pode continuar a viver de aventuras nem políticas nem económicas", disse, acrescentando: "Por isso é que a doutora Maria Das Neves tem um projeto" para o país.
Maria das Neves é uma das seis dirigentes do MLSTP-PSD que concorre a estas eleições, mas avança para a corrida como independente, depois de ter perdido a votação no conselho nacional a favor de Guilherme Posser da Costa, o candidato apoiado oficialmente pelo partido.
Também Júlio Silva, antigo ministro da Agricultura do governo da Ação Democrática Independente (ADI, oposição) e também diretor-geral da Empresa de Água e Eletricidade apresentou os documentos no TC para a formalização da sua candidatura às presidenciais.
O pré-candidato disse à imprensa que não vai disputar o pleito para "passear", mas para "ganhar e unir os são-tomenses".
Explicou que apesar de ser militante do Movimento Caué (sul da ilha de São Tomé), concorre como independente porque entende que "um Presidente da República é uma figura que deve manter uma equidistância, estar acima de todos os São-Tomenses e ajudar o Governo a velar pela resolução de todos os problemas que os afetam o país", concluiu.
"Toda a gente sabe como o país está e decidi que é momento de dar a minha contribuição e ajudar a resolver os problemas", afiançou Júlio Silva.
O antigo governante elegeu como lema da sua candidatura "A Verdade e Reconciliação Nacional", sustentando que "chegou a hora de todos os são-tomenses remarem numa só direção, buscando o desenvolvimento de São Tomé e Príncipe".