Ano de 2024 foi o mais quente de sempre

por Lusa
A temperatura continua a subir na Terra EPA

O ano de 2024 ultrapassou pela primeira vez os 1,5°C (graus celsius) acima do nível pré-industrial e foi também o ano mais quente de que há registos, informou o serviço europeu Copernicus.

Em 2015, na cimeira mundial do clima em Paris, foi alcançado um acordo, o Acordo de Paris, segundo o qual os países do mundo se comprometeram a impedir o aumento das temperaturas acima de 2°C em relação à época pré-industrial, e se possível que esse aumento não fosse acima dos 1,5°C.

As atividades humanas, nomeadamente a queima de combustíveis fósseis, provocam a libertação para a atmosfera de gases com efeito de estufa (GEE), que estão a aquecer o planeta e a destabilizar o clima, provocando as chamadas alterações climáticas. Até agora, depois de 29 reuniões (anuais) da ONU sobre o clima, a situação não melhorou.

Hoje, o Serviço de Monitorização das Alterações Climáticas do Copernicus (C3S) confirmou que 2024 foi o ano mais quente de que há registo a nível mundial e o primeiro ano civil em que a temperatura média global ultrapassou 1,5 °C acima do seu nível pré-industrial.

Embora tal não signifique que se tenha ultrapassado o limite estabelecido pelo Acordo de Paris, que se refere às anomalias de temperatura calculadas em média ao longo de, pelo menos, 20 anos, a verdade é que as temperaturas globais estão a aumentar "além do que os humanos modernos alguma vez experimentaram", nota o Copernicus.

Temperatura média de 15,10°C em 2024

A temperatura média global em 2024 foi de 15,10°C o que representa mais 0,72°C em relação à média de 1991-2020.

Segundo um balanço sobre o ano que passou do Serviço de Monitorização das Alterações Climáticas do observatório europeu Copernicus (C3S), as temperaturas foram 0,12°C superior a 2023, o anterior ano mais quente de que há registo.

O valor global atingido é equivalente a 1,60°C acima de uma estimativa da temperatura de 1850-1900 designada como o nível pré-industrial, nota o Copernicus, explicando também que tal não significa que as temperaturas tenham ultrapassado um dos limites do Acordo de Paris sobre o clima, os 1,5°C, porque são necessários vários anos.

A verdade é que, nota o Copernicus, 2024 foi o ano mais quente desde pelo menos 1850 e cada um dos últimos 10 anos (2015-2024) foi um dos 10 anos mais quentes de que há registo.

 

 

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