Os países africanos de língua oficial portuguesa (PALOP) vão desenvolver um projeto sobre a história da luta de libertação, para o qual Angola vai contribuir com um milhão de euros, anunciou hoje o Presidente angolano na conferência do Fórum PALOP.
A Conferência dos Chefes de Estado e de Governo do Fórum PALOP, um mecanismo de concertação desta comunidade de países, teve hoje lugar de forma virtual, a partir de Luanda, e marcou o fim da presidência rotativa de Angola a favor da República de Cabo Verde, para um mandato que se estenderá até 2023.
Numa nota distribuída aos jornalistas no final da cimeira pela Presidência angolana, os serviços de imprensa de João Lourenço adiantam que a cimeira abordou temas como o projeto de elaboração da História sobre a Luta de Libertação dos PALOP e a admissão da Guiné Equatorial como membro de pleno direito do Fórum PALOP e de Timor Leste na qualdiade de membro observador.
A comissão que trabalha na fase inicial do projeto de História orçamentou os custos do trabalho em 1,8 milhões de euros, dos quais um milhão serão disponibilizados por Angola, já no início de maio, refere o comunicado.
A cimeira decidiu ainda "a institucionalização de reuniões ministeriais regulares dos setores da Educação, Cultura, Ensino Superior, Ciência e Tecnologia do Fórum PALOP", segundo o mesmo documento.
O Fórum PALOP tem existência legal desde o ano de 2014 e é um mecanismo de concertação político-diplomática e de cooperação entre os Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa.
A Guiné Equatorial, uma antiga colónia espanhola, aderiu à Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) em 2014, altura em que adotou o português como uma das línguas oficiais, juntando-se, naquela organização, a Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste.