O "Anel do Pescador" usado por João Paulo II foi destruído, assinalando simbolicamente o fim do seu pontificado, anunciou hoje o Vaticano.
O cardeal camerlengo (pessoa encarregue de verificar se o Papa morreu e de lhe retirar do dedo este símbolo do poder pontifício) procedeu à destruição do "Anel do Pescador" e do selo de chumbo sob o qual foram enviadas as cartas apostólicas do papa defunto, anunciou o porta-voz do Vaticano Joaquin Navarro-Valls.
O cardeal camerlengo, Eduardo Martinez Somalo, é responsável pela gestão dos assuntos correntes do Vaticano durante o período de vagatura que antecede a nomeação de um novo papa, bem com da organização do conclave que vai eleger o sucessor de João Paulo II.
A destruição do anel está prevista na Constituição apostólica Universi Dominici Gregis sobre a "vagatura do poder apostólico e a eleição do pontífice romano", editada em 1996 por João Paulo II.
O esmagamento do anel serve para evitar qualquer falsificação de documentos pontifícios e é considerado um dos passos mais significativos após a morte do papa.