Reuters
Perante a execução de civis no Afeganistão às mãos do movimento talibã e as restrições aos direitos das mulheres, a Alta Comissária das Nações Unidas para os Direitos Humanos defende a criação de um mecanismo da ONU para acompanhar de perto a situação no país. A União Europeia anunciou o aumento da ajuda humanitária.
Também ouvido em Genebra, o Embaixador afegão nas Nações Unidas, nomeado pelo governo deposto, denunciou que milhões de pessoas vivem com medo sob o regime talibã e temem pelas próprias vidas.
O diplomata sublinha que está em curso uma crise humanitária no Afeganistão e apelou à criação de um amplo governo que inclua todos os grupos étnicos do país e mulheres.
União Europeia vai reforçar o apoio humanitário
A verba disponível vai passar dos 50 para mais de 200 milhões de euros.
O anúncio foi feito pela presidente da Comissão Europeia, através da rede social Twitter.
Ursula von der Leyen escreveu que esta ajuda é dirigida ao povo afegão.
At today’s @G7 Leaders call, I will announce an increase in the humanitarian support for Afghans, in and around the country, from #EU budget from over €50m to over €200m.
— Ursula von der Leyen (@vonderleyen) August 24, 2021
This humanitarian aid will come on top of Member States' contributions to help the people of Afghanistan.
No entanto, o fluxo de dinheiro fica dependente do respeito pelos direitos humanos, no país, em particular das mulheres e crianças.
Para esta tarde, está agendada uma reunião do G7.
Os líderes dos países mais industrializados do mundo vão debater a relação futura com o movimento talibã e o acolhimento de refugiados do Afeganistão.
Esta manhã, o movimento talibã nomeou um novo ministro das finanças para o país, que vai assumir também a pasta da Administração Interna, de forma provisória.