O secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, informou hoje que os membros da Aliança deverão fornecer um mínimo de 40 mil milhões de euros anualmente em apoio militar à Ucrânia.
"Desde a invasão em grande escala pela Rússia, os aliados forneceram cerca de 40 mil milhões de euros em ajuda militar todos os anos. Os aliados concordam que esta é uma base mínima, e espero que os aliados decidam na cimeira manter este nível durante o próximo ano", disse Stoltenberg numa conferência de imprensa antes da reunião que os líderes aliados realizarão na próxima semana em Washington.
Nessa reunião, espera-se que os países da NATO autorizem um pacote com medidas para apoiar a Ucrânia, incluindo um compromisso financeiro para fornecer ajuda militar a Kiev no valor de 40 mil milhões de euros ainda este ano.
Stoltenberg disse também confiar que os estados-membros da organização transatlântica concordam em partilhar o esforço desse compromisso financeiro "de forma justa, tendo em conta o tamanho do seu PIB" e que fornecerão "um nível sustentado de financiamento para que a Ucrânia prevaleça".
O secretário-geral da Aliança explicou que o nível de apoio de 40 mil milhões de euros será revisto na cimeira que os líderes dos países da NATO realizarão em 2025 em Haia, "acima de tudo, para garantir que o apoio está em linha com as necessidades da Ucrânia".
O pacote de apoio à Ucrânia - que será aprovado na cimeira de Washington, na próxima semana - assume ainda para a organização transatlântica a tarefa de coordenar a ajuda militar internacional que a Ucrânia recebe para se defender da invasão russa, bem como as iniciativas de treino das suas forças.
A coordenação da ajuda militar internacional será feita através de um comando liderado por um general de três estrelas e com cerca de 700 pessoas a trabalhar numa sede da NATO na Alemanha.
Para transferir apoio militar para a Ucrânia, serão criados polos logísticos na Roménia, Eslováquia e Polónia, embora Kiev fique responsável pela introdução do equipamento no seu território.
A Cimeira, de 09 a 11 de julho na capital norte-americana, assinala os 75 anos da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO)
A Cimeira será a última de Stoltenberg, que será sucedido no cargo pelo chefe cessante do Governo neerlandês, Mark Rutte.
Jens Stoltenberg já havia afirmado que a Cimeira da NATO em Washington irá concentrar-se em três tópicos principais: impulsionar a defesa dos aliados e a dissuasão aliadas; apoiar os esforços da Ucrânia para se defender; e continuar a fortalecer as parcerias globais da NATO "especialmente no Indo-Pacífico".