A moção foi apresentada pelo próprio chanceler. Trata-se de uma iniciativa tática para provocar eleições legislativas antecipadas após a coligação que sustentava o Governo ter sido dissolvida há mais de um mês.
O chanceler Scholz demitiu o ministro das Finanças e líder dos liberais alemães por desentendimentos em relação ao Orçamento do Estado.
A data indicada para novas eleições é 23 de fevereiro, sete meses mais cedo do que o esperado.
Uma vez o parlamento dissolvido, a eleição deve ser realizada dentro de 60 dias. E a aprovação do presidente alemão Frank-Walter Steinmeier é tida como certa, pois já indicou que concorda com a data proposta para ida às urnas - 23 de fevereiro.
De qualquer forma, Steinmeier afirmou que quer conversar com todos os grupos parlamentares no Bundestag, por isso a decisão definitiva será conhecida depois das férias do Natal. Acrescenta ainda que não quer ser pressionado.
"O ritmo agitado da política diária e agora a pressão dos media não ditam o procedimento. A Constituição e as suas regras, essas sim", sublinhou o presidente alemão à ARD.
O chanceler Olaf Scholz, do Partido Social Democrata da Alemanha (SPD), acusou o Partido Democrático (FDP) de "sabotagem constante" e reiterou o seu desacordo com as propostas económicas do FDP. Após Scholz ter demitido o ministro das Finanças do FDP Christian Lindner a coligação do governativa desmoronou.