Alemanha desbloqueia primeira ajuda de emergência para vítimas de inundações

por Lusa
A destruição é um denominador comum EPA

O governo alemão deverá desbloquear centenas de milhões de euros em ajuda de emergência às vítimas das inundações no oeste da Alemanha, onde morreram pelo menos 169 pessoas, noticiaram meios de comunicação social locais.

Num plano que deverá ser adotado em Conselho de Ministros, Berlim e as regiões alemãs, responsáveis pela proteção civil, comprometeram-se a fornecer 400 milhões de euros em ajuda imediata, de acordo com um documento divulgado em vários meios de comunicação social alemães.

O objetivo é lidar com as necessidades mais urgentes, como a segurança de edifícios e infraestruturas danificadas nas regiões mais afetadas pelas cheias, algumas das quais ficaram sem água potável e eletricidade.

Na terça-feira, numa visita à localidade medieval de Bad Münstereifel, na Renânia do Norte-Vestefália, a chanceler alemã, Angela Merkel, prometeu ajuda rápida "nos próximos dias" e "sem burocracia".

Os primeiros fundos deverão ser complementados por "um programa de reconstrução no valor de milhares de milhões de euros", disse o ministro das Finanças alemão, Olaf Scholz, numa entrevista ao jornal Rheinische Post.

O ministro deverá realizar uma conferência de imprensa na manhã desta quarta-feira, para detalhar o plano, juntamente com o ministro do Interior, Horst Seehofer.

Berlim também está a considerar recorrer ao Fundo de Solidariedade da União Europeia (UE), que fornece apoio financeiro aos Estados-membros em caso de catástrofes naturais.

A reconstrução de cidades e infraestruturas afetadas pelas inundações será "uma tarefa a longo prazo", reconheceu a chanceler na terça-feira. "Não esqueceremos tão cedo", garantiu.

"No vale do Ahr, temos 20 das 35 pontes destruídas. Isto permite entrever a enorme tarefa que nos espera", disse ao jornal local Passauer Neue Presse.

A empresa ferroviária estatal comunicou "danos maciços" em 80 estações. Na Renânia-Palatinado e na Renânia do Norte-Vestefália, as duas regiões mais afetadas pelas chuvas torrenciais, mais de 600 quilómetros de vias ferroviárias foram destruídos.

As seguradoras deverão pagar indemnizações recorde.

O ano de 2021 será provavelmente o mais caro para as empresas do setor desde 2013, quando os danos atingiram 9,3 mil milhões de euros, disse Jörg Asmussen, chefe da federação da indústria.

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