O chanceler alemão apelou à China, esta quinta-feira, para que não envie armas à Rússia. Na perspetiva de Olaf Scholz, se Pequim quiser interferir no conflito, deve pressionar Moscovo a retirar as tropas da Ucrânia.
“A minha mensagem é clara: usem a vossa influência em Moscovo para exigir a retirada das tropas russas”, declarou no Bundestag. “E não entreguem nenhuma arma ao agressor russo”.
O chanceler alemão disse ainda que a Alemanha e outros parceiros estão em conversações com Kiev sobre "futuros compromissos de segurança" para a Ucrânia, mas não especificou nem detalhou o plano, tendo criticado o chefe de Estado russo pela agressão militar em território ucraniano.
"Estará [Vladimir] Putin pronto para negociar um regresso aos princípios e a uma paz justa? De momento, não há qualquer indicação disso", afirmou Sholz, em Berlim, criticando atos ameaçadores de Moscovo como a suspensão do acordo do Novo Start.
Recorde-se que a Rússia suspendeu, na semana passada, a participação no tratado New Start sobre a proliferação de armamento, que ainda vigorava com os Estados Unidos.
A guerra na Ucrânia levou a Alemanha a aumentar os gastos em defesa e a reformar as suas Forças Armadas. Segundo Scholz, "não pode e não haverá um acordo de paz sobre as cabeças do povo ucraniano".
"Também não se alcança a paz quando se grita guerra nunca mais aqui em Berlim e ao mesmo tempo se exige que todas as entregas de armas sejam interrompidas”.