Agência europeia estima que 18% das mortes por doença cardíaca se devem a problemas ambientais
Uma análise hoje divulgada pela Agência Europeia do Ambiente (AEA) estima que 18% das mortes por doenças cardíacas na Europa são causadas por problemas ambientais, nomeadamente a poluição e as temperaturas extremas.
De acordo com um relatório divulgado pela AEA, "estudos recentes indicam que se estima que pelo menos 18% de todas as mortes por doenças cardiovasculares na Europa (países membros da AEA e cooperantes) se devem a fatores ambientais fundamentais, incluindo a exposição à poluição atmosférica, temperaturas extremas, fumo passivo e chumbo".
A análise da agência salienta, no entanto, que o valor de 18% está provavelmente subestimado, uma vez que não tem em conta a exposição no local de trabalho, a poluição sonora ou outros produtos químicos tóxicos para além do chumbo.
Além disso, fatores como a poluição luminosa noturna ou o efeito combinado da exposição a diferentes produtos químicos são ainda pouco conhecidos.
Segundo a agência, só na União Europeia (UE) são diagnosticados anualmente mais de seis milhões de novos casos de doenças cardiovasculares, e mais de 1,7 milhões de pessoas morrem de doenças dos sistema circulatório, com mais peso na Europa central e de leste do que na do sul e ocidental.
Os países membros da AEA são, além dos 27 Estados-membros da UE, a Islândia, o Liechtenstein, a Noruega, a Suécia e a Turquia, sendo a Albânia, Bósnia-Herzegovina, Kosovo, Macedónia do Norte, Montenegro e Sérvia estados cooperantes.