A agência anticorrupção da Coreia do Sul anunciou esta segunda-feira que vai procurar uma extensão do mandado de detenção contra o presidente deposto Yoon Suk-yeol.
O mandado de detenção para deter e interrogar Yoon (que ignorou três intimações para depor), emitido a 31 de dezembro por um tribunal de Seul, expira à meia-noite de hoje (15h00 em Lisboa).
"Planeamos solicitar uma prorrogação hoje, o que exige a declaração dos motivos para exceder o prazo padrão de sete dias", disse o vice-diretor do Gabinete de Investigação de Corrupção entre Altos Funcionários Públicos (CIO, na sigla em inglês) sul-coreana.
Numa conferência de imprensa, Lee Jae-seung disse ainda que a agência pediu à polícia, por carta, que se encarregue da execução do mandado de detenção de Yoon.
O CIO pediu à polícia que se encarregasse da detenção "dada a sua experiência na execução de mandados de detenção", acrescentou Lee.
Isto três dias depois do Serviço de Segurança Presidencial ter impedido agentes do CIO, acompanhados por dezenas de agentes da polícia, de entrarem na residência para o deterem, após um confrontos que duraram horas.
Um representante da polícia disse à agência de notícias pública sul-coreana Yonhap que a polícia está a avaliar internamente a viabilidade jurídica do pedido do CIO.
No domingo, o mesmo tribunal que emitiu o mandado rejeitou um pedido de anulação apresentado pelos advogados de Yoon, que argumentaram que apenas o Ministério Público, e não o CIO, pode solicitar a detenção por insurreição.
Yoon foi acusado de insurreição por ter tentado impor a lei marcial no início de dezembro, revogada seis horas depois pelo parlamento, que aprovou a destituição do presidente em 14 de dezembro.