Combatentes talibãs assumiram ao longo do dia de domingo o controlo da capital do Afeganistão. O Presidente Ashraf Ghani abandonou o país para, afirmou, evitar "um banho de sangue". Joe Biden sublinhou que não voltará atrás na decisão de retirar as tropas norte-americanas.
Mais atualizações
O porta voz do gabinete político talibã garantia ontem à Al-Jazeera que : “A guerra acabou no Afeganistão”. O porta-voz Mohammad Naeem disse que o tipo de governo e a forma de regime ficarão claros em breve e nenhum órgão diplomático ou qualquer de suas sedes foi visado, afirmando que o grupo garante a todos que proporcionará segurança aos cidadãos e às missões diplomáticas.
O porta-voz talibã acredita que as forças externas ao Afeganistão não irão repetir tão cedo "a experiência falhada" no país.
"Damos cada passo com responsabilidade e com a certeza de fazer a paz com todos. Estamos prontos a kidar com as preocupações da comunidade internacional através do diálogo", afirmou Mohammad Naeem à televisão qatari Al Jazeera.
Apelamos todos os países e entidades a sentar-se para resolver quaisquer disputas, acrescentou.
O porta-voz do gabinete político dos talibãs garantiu igualmente que o grupo "respeita as mulheres, os direitos das minorias e a liberdade de expressão à luz da sharia".
Verdadeiro teste começa agora
Mullah Baradar, um dos líderes dos talbãs diz que o verdadeiro teste começa agora, para corresponder aos problemas do povo afegão e servi-lo através da resolução de problemas. Baradar, um dos fundadores do movimento islâmico sublinhou a rapidez com que retomaram o poder, e acrescentou que os talibãs pretendem resolver os problemas do povo afegão.
O triunfo dos mujaheddin não tem paralelo no mundo, acrescenta o líder dos islamitas afegãos.
Baradar era chefe o chefe militar dos talibã quando foi detido em 2010 no Paquistão. Foi libertado em 2018, após pressão dos Estados Unidos.
"Trata-se agora de como servimos e protegemos o nosso povo, e como asseguramos o seu futuro, para lhe proporcionarmos uma boa vida da melhor forma possível", acrescentou.
Entretanto, são várias as imagens que atestam uma corrida ao aeroporto internacional de Cabul, com milhares de pessoas a tentar abandonar o país.Os meios de comunicação locais relataram imagens dramáticas de milhares de pessoas no aeroporto de Cabul tentando fugir do país, apesar do cancelamento da maioria dos voos comerciais e das restrições.
Há 243 funcionários afegãos e suas famílias que colaboraram com as forças portuguesas que estiveram estacionadas no aeroporto de Cabul e Portugal está disponível para os receber.
O ministro da Defesa, João Gomes Cravinho, revelou que a retirada dos refugiados afegãos está a ser coordenada pela NATO, uma vez que Portugal não tem essa capacidade. De resto, o país irá integrar a força da União Europeia para proteger os cidadãos afegãos.
O Ministério dos Negócios Estrangeiros não tem até agora qualquer informação sobre cidadãos portugueses no Afeganistão, acrescentou.
Portugal vai alinhar numa posição comum europeia e na NATO, caso os talibã decretem um Emirado islâmico, revelou ainda João Cravinho, em declarações à RTP.
00h01 - Tráfego retomado no aeroporto de Cabul
O Pentágono revelou hoje que foi retomado o tráfego no aeroporto de Cabul, capital do Afeganistão, tomada nas últimas horas pelos talibãs e de onde milhares de pessoas tentam escapar por temer represálias.
A situação no Aeroporto Internacional Hamid Karzai, cujas pistas foram invadidas por milhares de pessoas tentando desesperadamente fugir do Afeganistão, obrigou a que todos os voos fossem suspensos por várias horas na tarde de segunda-feira.
O Pentágono revelou hoje que foi retomado o tráfego no aeroporto de Cabul, capital do Afeganistão, tomada nas últimas horas pelos talibãs e de onde milhares de pessoas tentam escapar por temer represálias.
A situação no Aeroporto Internacional Hamid Karzai, cujas pistas foram invadidas por milhares de pessoas tentando desesperadamente fugir do Afeganistão, obrigou a que todos os voos fossem suspensos por várias horas na tarde de segunda-feira.
23h42 - EUA só reconhecerão governo dos talibãs se respeitar mulheres e rejeitar terrorismo
O Departamento de Estado norte-americano disse hoje que os EUA só reconheceriam um governo liderado pelos talibãs no Afeganistão se este respeitasse os direitos das mulheres e rejeitasse os terroristas.
"Quanto à nossa posição sobre qualquer futuro governo no Afeganistão, dependerá do comportamento desse governo. Dependerá do comportamento dos talibãs", disse aos jornalistas o porta-voz do Departamento de Estado, Ned Price, numa conferência de imprensa.
"Um futuro governo afegão que preserve os direitos básicos do seu povo (...) incluindo metade da sua população" - as suas mulheres e raparigas - e "que não proporciona abrigo aos terroristas", seria, acrescentou um governo com o qual Washington "poderia trabalhar".
O porta-voz adiantou que o enviado norte-americano Zalmay Khalilzad ainda se encontra no Qatar, onde as conversações com os talibãs se arrastam há vários meses, e que os responsáveis norte-americanos ainda estão a falar com os insurgentes no país.
O Departamento de Estado norte-americano disse hoje que os EUA só reconheceriam um governo liderado pelos talibãs no Afeganistão se este respeitasse os direitos das mulheres e rejeitasse os terroristas.
"Quanto à nossa posição sobre qualquer futuro governo no Afeganistão, dependerá do comportamento desse governo. Dependerá do comportamento dos talibãs", disse aos jornalistas o porta-voz do Departamento de Estado, Ned Price, numa conferência de imprensa.
"Um futuro governo afegão que preserve os direitos básicos do seu povo (...) incluindo metade da sua população" - as suas mulheres e raparigas - e "que não proporciona abrigo aos terroristas", seria, acrescentou um governo com o qual Washington "poderia trabalhar".
O porta-voz adiantou que o enviado norte-americano Zalmay Khalilzad ainda se encontra no Qatar, onde as conversações com os talibãs se arrastam há vários meses, e que os responsáveis norte-americanos ainda estão a falar com os insurgentes no país.
22h42 - Biden disse terem sido dadas "todas as opções" ao exército afegão
Joe Biden disse hoje que o país deu "todas as opções" ao exército afegão para combater os talibãs e defendeu que as forças dos EUA não devem morrer numa guerra onde "as forças afegãs não tem vontade de lutar".
"Demos-lhes todas as opções para determinar o seu próprio futuro", afirmou Joe Biden num discurso na Casa Branca, acrescentando que "as forças dos EUA não podem, nem devem, combater uma guerra e morrer numa guerra em que as forças afegãs não têm a vontade de lutar por si próprias".
O Presidente norte-americano salientou também que os adversários internacionais dos Estados Unidos, liderados pela China e Rússia, teriam "amado" que os americanos permanecessem atolados no Afeganistão.
Joe Biden "defendeu fortemente" a sua decisão de retirar as tropas norte-americanas do Afeganistão, apesar da tomada do poder pelos talibãs em Cabul.
"Após 20 anos, aprendi relutantemente que nunca há uma boa altura para retirar as forças dos EUA", disse o Presidente dos EUA, num discurso à nação.
"A verdade é que tudo isto aconteceu mais depressa do que esperávamos", admitiu na sua declaração, feita na Casa Branca.
O Presidente dos EUA, Joe Biden, avisou ainda os talibãs para não interferirem com o processo de evacuação organizado pelos EUA no Afeganistão, ameaçando com uma "força devastadora, se necessário".
Porque a resposta a um ataque será "rápida e poderosa", afirmou Joe Biden na declaração, em que prometeu defender os cidadãos dos EUA com "força devastadora, se necessário".
Joe Biden disse hoje que o país deu "todas as opções" ao exército afegão para combater os talibãs e defendeu que as forças dos EUA não devem morrer numa guerra onde "as forças afegãs não tem vontade de lutar".
"Demos-lhes todas as opções para determinar o seu próprio futuro", afirmou Joe Biden num discurso na Casa Branca, acrescentando que "as forças dos EUA não podem, nem devem, combater uma guerra e morrer numa guerra em que as forças afegãs não têm a vontade de lutar por si próprias".
O Presidente norte-americano salientou também que os adversários internacionais dos Estados Unidos, liderados pela China e Rússia, teriam "amado" que os americanos permanecessem atolados no Afeganistão.
Joe Biden "defendeu fortemente" a sua decisão de retirar as tropas norte-americanas do Afeganistão, apesar da tomada do poder pelos talibãs em Cabul.
"Após 20 anos, aprendi relutantemente que nunca há uma boa altura para retirar as forças dos EUA", disse o Presidente dos EUA, num discurso à nação.
"A verdade é que tudo isto aconteceu mais depressa do que esperávamos", admitiu na sua declaração, feita na Casa Branca.
O Presidente dos EUA, Joe Biden, avisou ainda os talibãs para não interferirem com o processo de evacuação organizado pelos EUA no Afeganistão, ameaçando com uma "força devastadora, se necessário".
Porque a resposta a um ataque será "rápida e poderosa", afirmou Joe Biden na declaração, em que prometeu defender os cidadãos dos EUA com "força devastadora, se necessário".
21h23 - António José Telo à RTP3: o regime taliban vai ser dos mais bem armados do mundo, devido à quantidade de armamento norte-americano que capturou
21h20 - Biden sublinhou que não voltará atrás na decisão de retirar as tropas norte-americanas do Afeganistão
21h17 - Biden afirmou que não tenciona deixar esta guerra para o presidente que vier depois dele
21h15 - O presidente Joe Biden disse que a Rússia e a China gostariam muito que os EUA permanecessem envolvidos na guerra do Afeganistão
18h46 - Ministros europeus dos Negócios Estrangeiros vão reunir e Afeganistão está na agenda
Esta terça-feira os ministros europeus dos negócios estrangeiros vão estar reunidos e a questão do Afeganistão será um dos temas em debate.
O ministro português Augusto Santos Silva adiantou esta tarde à agência Lusa que o Afeganistão não poder voltar a ser um santuário de grupos terroristas e que é preciso usar a diplomacia para exigir aos taliban que cumpram as regras nacionais e internacionais.
Esta terça-feira os ministros europeus dos negócios estrangeiros vão estar reunidos e a questão do Afeganistão será um dos temas em debate.
O ministro português Augusto Santos Silva adiantou esta tarde à agência Lusa que o Afeganistão não poder voltar a ser um santuário de grupos terroristas e que é preciso usar a diplomacia para exigir aos taliban que cumpram as regras nacionais e internacionais.
18h01 - Plataforma dos Direitos das Mulheres apela a asilo político em Portugal para mulheres e crianças que o requeiram
A Plataforma Portuguesa para os Direitos das Mulheres (PPDM) apela ao Governo para que conceda asilo político a todas as mulheres afegãs e filhos menores que queiram refugiar-se em Portugal, face ao agravar da situação no Afeganistão.
Em comunicado hoje divulgado, a PPDM declara-se "apreensiva face à situação atual das mulheres no Afeganistão e à ameaça que sobre elas pesa de um novo governo talibã extremista e desrespeitador da sua integridade física, da sua dignidade humana e dos seus mais elementares direitos".
Perante isto, apela para que, "tendo em conta a capacidade de acolhimento existente, o Governo considere favoravelmente a concessão de asilo político a todas as mulheres afegãs e a suas/seus filhas/filhos menores que queiram refugiar-se no nosso país".
Em comunicado hoje divulgado, a PPDM declara-se "apreensiva face à situação atual das mulheres no Afeganistão e à ameaça que sobre elas pesa de um novo governo talibã extremista e desrespeitador da sua integridade física, da sua dignidade humana e dos seus mais elementares direitos".
Perante isto, apela para que, "tendo em conta a capacidade de acolhimento existente, o Governo considere favoravelmente a concessão de asilo político a todas as mulheres afegãs e a suas/seus filhas/filhos menores que queiram refugiar-se no nosso país".
17h32 - Comandante militar dos EUA reuniu-se em Doha com líderes talibãs
O chefe do Comando Central dos Estados Unidos reuniu-se no domingo com líderes talibãs no Qatar para exortar os seus combatentes a não interferirem nas operações militares norte-americanas no aeroporto de Cabul, disseram hoje fontes oficiais.
Um oficial do Pentágono, sede da Defesa dos EUA, disse à Associated Press (AP) que o general Frank McKenzie conseguiu em Doha um acordo dos talibãs para que as operações de evacuação no aeroporto possam continuar sem interferência das novas autoridades do Afeganistão.
A mesma fonte disse que McKenzie instou os talibãs a não interferirem com as operações e disse que os militares norte-americanos responderiam com força para defender o aeroporto, se necessário.
A fonte do Pentágono falou à AP na condição de não ser identificada por se tratar de informações sensíveis ainda não anunciadas publicamente.
O chefe do Comando Central dos Estados Unidos reuniu-se no domingo com líderes talibãs no Qatar para exortar os seus combatentes a não interferirem nas operações militares norte-americanas no aeroporto de Cabul, disseram hoje fontes oficiais.
Um oficial do Pentágono, sede da Defesa dos EUA, disse à Associated Press (AP) que o general Frank McKenzie conseguiu em Doha um acordo dos talibãs para que as operações de evacuação no aeroporto possam continuar sem interferência das novas autoridades do Afeganistão.
A mesma fonte disse que McKenzie instou os talibãs a não interferirem com as operações e disse que os militares norte-americanos responderiam com força para defender o aeroporto, se necessário.
A fonte do Pentágono falou à AP na condição de não ser identificada por se tratar de informações sensíveis ainda não anunciadas publicamente.
17h15 - EUA enviam mais 500 militares para o aeroporto de Cabul
O porta-voz do Pentágono, John Kirby, anunciou que 500 soldados norte-americanos deverão chegar ao aeroporto de Cabul nas próximas horas, juntando-se aos outros 2500 militares que estão neste momento no local a "lutar para restabelecer a segurança".
"Prevemos que nas próximas horas seremos capazes de restabelecer as operações aéreas no local", disse o porta-voz do Pentágono, acrescentando que o objetivo é retirar milhares de pessoas por dia do país assim que os voos forem retomados. De momento, todos os voos de e para Cabul foram cancelados.
16h54 - Sete mortos no aeroporto de Cabul, alguns caíram de avião em voo
Pelo menos sete pessoas morreram hoje no aeroporto de Cabul quando tentavam fugir dos talibãs, incluindo várias que alegadamente caíram de um avião em voo, com testemunhas a admitirem troca de tiros entre norte-americanos e rebeldes.
Militares norte-americanos, que falaram sob condição de não serem identificados por não estarem autorizados a discutir a operação em curso, disseram à Associated Press (AP) que o caos provocou sete mortos, incluindo vários que caíram de um avião que tinha descolado.
Num vídeo que se tornou viral nas redes sociais vê-se o que parecem ser dois corpos a cair de um avião que tinha acabado de descolar do aeroporto de Cabul.
Num outro vídeo, centenas de pessoas estão a correr ao lado de um avião militar norte-americano em andamento na pista, com algumas delas a conseguirem agarrar-se ao aparelho.
Pelo menos sete pessoas morreram hoje no aeroporto de Cabul quando tentavam fugir dos talibãs, incluindo várias que alegadamente caíram de um avião em voo, com testemunhas a admitirem troca de tiros entre norte-americanos e rebeldes.
Militares norte-americanos, que falaram sob condição de não serem identificados por não estarem autorizados a discutir a operação em curso, disseram à Associated Press (AP) que o caos provocou sete mortos, incluindo vários que caíram de um avião que tinha descolado.
Num vídeo que se tornou viral nas redes sociais vê-se o que parecem ser dois corpos a cair de um avião que tinha acabado de descolar do aeroporto de Cabul.
Num outro vídeo, centenas de pessoas estão a correr ao lado de um avião militar norte-americano em andamento na pista, com algumas delas a conseguirem agarrar-se ao aparelho.
16h35 - Joe Biden discursa na Casa Branca às 20h45 de Lisboa
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, vai dirigir-se aos norte-americanos sobre a crise no Afeganistão às 20h45 de Lisboa.
16h30 - Todos os trabalhadores portugueses que integravam a delegação da União Europeia já saíram do Afeganistão
Berta Nunes, secretária de Estado das Comunidades, confirmou à RTP que todos os trabalhadores portugueses que integravam a delegação da União Europeia já saíram do Afeganistão.
Apenas três portugueses ligados à NATO e dois bombeiros aguardam neste momento um voo de repatriamento no aeroporto de Cabul. “As três pessoas ligadas à NATO estão a aguardar repatriamento e não sabemos quando virão e mais dois bombeiros estão também a preparar-se para serem repatriados”, afirmou Berta Nunes. A secretária de Estado das Comunidades garante que “não está em causa a segurança” de qualquer um dos portugueses que estão neste momento no aeroporto da capital afegã.
Berta Nunes, secretária de Estado das Comunidades, confirmou à RTP que todos os trabalhadores portugueses que integravam a delegação da União Europeia já saíram do Afeganistão.
Apenas três portugueses ligados à NATO e dois bombeiros aguardam neste momento um voo de repatriamento no aeroporto de Cabul. “As três pessoas ligadas à NATO estão a aguardar repatriamento e não sabemos quando virão e mais dois bombeiros estão também a preparar-se para serem repatriados”, afirmou Berta Nunes. A secretária de Estado das Comunidades garante que “não está em causa a segurança” de qualquer um dos portugueses que estão neste momento no aeroporto da capital afegã.
16h10 - “Derrota” dos EUA deve transformar-se em “oportunidade de paz”, diz Irão
O Presidente iraniano, Ebrahim Raïssi, defendeu hoje que “a derrota” dos Estados Unidos no Afeganistão, onde os talibãs retomaram o poder, deve transformar-se numa “oportunidade de paz” no país vizinho da República Islâmica do Irão.
“A derrota militar e a partida dos Estados Unidos do Afeganistão deve transformar-se em oportunidade para estabelecer a segurança e uma paz duradoura nesse país”, declarou Raïssi, afirmando que Teerão “deseja relações de boa vizinhança com o Afeganistão”, segundo um comunicado oficial.
O chefe de Estado iraniano, que assumiu o cargo no início de agosto, emitiu estas declarações durante um encontro com o ministro dos Negócios Estrangeiros cessante, Mohammad Javad Zarif, de acordo com o texto divulgado na página de Internet da Presidência.
“A República Islâmica do Irão crê que a autoridade resultante da vontade do povo oprimido do Afeganistão é a fonte da segurança e da estabilidade”, acrescentou Raïssi, ainda segundo o comunicado, que não menciona explicitamente os talibãs.
Assim, o Presidente iraniano instou todos os grupos afegãos a alcançarem “um acordo nacional”.
O Presidente iraniano, Ebrahim Raïssi, defendeu hoje que “a derrota” dos Estados Unidos no Afeganistão, onde os talibãs retomaram o poder, deve transformar-se numa “oportunidade de paz” no país vizinho da República Islâmica do Irão.
“A derrota militar e a partida dos Estados Unidos do Afeganistão deve transformar-se em oportunidade para estabelecer a segurança e uma paz duradoura nesse país”, declarou Raïssi, afirmando que Teerão “deseja relações de boa vizinhança com o Afeganistão”, segundo um comunicado oficial.
O chefe de Estado iraniano, que assumiu o cargo no início de agosto, emitiu estas declarações durante um encontro com o ministro dos Negócios Estrangeiros cessante, Mohammad Javad Zarif, de acordo com o texto divulgado na página de Internet da Presidência.
“A República Islâmica do Irão crê que a autoridade resultante da vontade do povo oprimido do Afeganistão é a fonte da segurança e da estabilidade”, acrescentou Raïssi, ainda segundo o comunicado, que não menciona explicitamente os talibãs.
Assim, o Presidente iraniano instou todos os grupos afegãos a alcançarem “um acordo nacional”.
16h00 - Avião militar afegão cai no Uzbequistão
Um avião militar afegão caiu na noite de domingo no Uzbequistão, uma ex-república soviética na Ásia central que faz fronteira com o Afeganistão, disse hoje um porta-voz do Ministério da Defesa à agência France-Presse (AFP).
“O avião militar cruzou ilegalmente a fronteira com o Uzbequistão. Uma investigação está em andamento” sobre a queda do aparelho afegão, afirmou Bakhrom Zulfikarov, confirmando relatos da imprensa uzbeque sobre o acidente no dia anterior na província de Surkhondario, no sul, na fronteira com o Afeganistão.
A agência russa Ria Novosti indicou, por sua vez, que o avião foi abatido pela defesa antiaérea uzbeque.
Bekpoulat Okboev, médico de um hospital na província de Surkhondario, disse hoje à AFP que dois pacientes com uniforme das forças armadas afegãs foram hospitalizados na noite de domingo.
Um dos pacientes ejetou-se “com um paraquedas”, acrescentando que ambos sofreram fraturas.
Três outros alegados miltares afegãos foram hospitalizados no sábado, segundo a mesma fonte.
Um avião militar afegão caiu na noite de domingo no Uzbequistão, uma ex-república soviética na Ásia central que faz fronteira com o Afeganistão, disse hoje um porta-voz do Ministério da Defesa à agência France-Presse (AFP).
“O avião militar cruzou ilegalmente a fronteira com o Uzbequistão. Uma investigação está em andamento” sobre a queda do aparelho afegão, afirmou Bakhrom Zulfikarov, confirmando relatos da imprensa uzbeque sobre o acidente no dia anterior na província de Surkhondario, no sul, na fronteira com o Afeganistão.
A agência russa Ria Novosti indicou, por sua vez, que o avião foi abatido pela defesa antiaérea uzbeque.
Bekpoulat Okboev, médico de um hospital na província de Surkhondario, disse hoje à AFP que dois pacientes com uniforme das forças armadas afegãs foram hospitalizados na noite de domingo.
Um dos pacientes ejetou-se “com um paraquedas”, acrescentando que ambos sofreram fraturas.
Três outros alegados miltares afegãos foram hospitalizados no sábado, segundo a mesma fonte.
15h50 - Embaixador do Afeganistão na ONU diz que residentes em Cabul estão a viver um “medo absoluto”
Ghulam Isaczai, embaixador do Afeganistão na ONU, foi convidado a participar na reunião de emergência do Conselho de Segurança das Nações Unidas.
Num discurso inicial, Isaczai pediu ao Conselho de Segurança da ONU “que use todos os meios à sua disposição para exigir o fim imediato da violência e o respeito pelos direitos humanos e pelo direito internacional humanitário”.
O embaixador sublinhou que as Nações Unidas “não irão reconhecer qualquer administração que chegue ao poder através da força ou qualquer Governo que não seja inclusivo e representativo da diversidade do país”. Isaczai afirmou que existem relatos de que os talibãs deram já início a buscas em alguns bairros, “registando nomes e procurando pessoas que estão na sua lista de alvos”.
“Já existem relatos de homicídios seletivos e pilhagens na cidade. Os residentes de Cabul estão a viver um medo absoluto”, afirmou o embaixador do Afeganistão na ONU.
Ghulam Isaczai, embaixador do Afeganistão na ONU, foi convidado a participar na reunião de emergência do Conselho de Segurança das Nações Unidas.
Num discurso inicial, Isaczai pediu ao Conselho de Segurança da ONU “que use todos os meios à sua disposição para exigir o fim imediato da violência e o respeito pelos direitos humanos e pelo direito internacional humanitário”.
O embaixador sublinhou que as Nações Unidas “não irão reconhecer qualquer administração que chegue ao poder através da força ou qualquer Governo que não seja inclusivo e representativo da diversidade do país”. Isaczai afirmou que existem relatos de que os talibãs deram já início a buscas em alguns bairros, “registando nomes e procurando pessoas que estão na sua lista de alvos”.
“Já existem relatos de homicídios seletivos e pilhagens na cidade. Os residentes de Cabul estão a viver um medo absoluto”, afirmou o embaixador do Afeganistão na ONU.
15h32 - “Agora é altura de sermos um”. Guterres apela à união da comunidade internacional
No início da reunião de emergência que vai discutir a crise no Afeganistão, o secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, apelou à união da comunidade internacional e ao apoio aos refugiados afegãos.
“Agora é altura de sermos um. A comunidade internacional tem de estar unida”, apelou Guterres. “A comunidade internacional tem de se unir para assegurar que o Afeganistão não voltará a ser usado como uma plataforma ou um porto seguro para organizações terroristas", acrescentou.
O secretário-geral da ONU também deixou uma mensagem aos talibãs, instando o grupo islâmico a proteger os direitos humanitários, principalmente os direitos das mulheres e meninas. “As Nações Unidas estão empenhadas em apoiar os afegãos. Continuemos a ter os nossos funcionários e escritórios em locais controlados pelos talibãs”, anunciou.
Guterres apelou ainda ao “fim imediato da violência” no país. “Não podemos e não devemos abandonar o povo do Afeganistão”, concluiu.
No início da reunião de emergência que vai discutir a crise no Afeganistão, o secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, apelou à união da comunidade internacional e ao apoio aos refugiados afegãos.
“Agora é altura de sermos um. A comunidade internacional tem de estar unida”, apelou Guterres. “A comunidade internacional tem de se unir para assegurar que o Afeganistão não voltará a ser usado como uma plataforma ou um porto seguro para organizações terroristas", acrescentou.
O secretário-geral da ONU também deixou uma mensagem aos talibãs, instando o grupo islâmico a proteger os direitos humanitários, principalmente os direitos das mulheres e meninas. “As Nações Unidas estão empenhadas em apoiar os afegãos. Continuemos a ter os nossos funcionários e escritórios em locais controlados pelos talibãs”, anunciou.
Guterres apelou ainda ao “fim imediato da violência” no país. “Não podemos e não devemos abandonar o povo do Afeganistão”, concluiu.
15h13 - Santos Silva: País não pode voltar a ser santuário de terror, mas agora é hora da diplomacia
O ministro dos Negócios Estrangeiros considerou hoje inaceitável que o Afeganistão volte a ser um santuário de grupos terroristas, mas considera que agora é preciso usar a diplomacia para exigir aos talibãs que cumpram regras nacionais e internacionais.
"O Afeganistão não pode tornar-se, de novo, um santuário de movimentos terroristas. Isso deve ser claro para todos, claro para a comunidade internacional, para a NATO, para a União Europeia e esperamos que seja também claro que as novas autoridades afegãs quando elas estiverem constituídas", afirmou Augusto Santos Silva em declarações à agência Lusa.
O ministro lembrou que os talibãs garantiram que o seu regresso ao poder não significa "risco de vida e segurança para as pessoas ou para a situação das mulheres e, em particular, do seu direito à educação" e que, de acordo com o movimento radical islâmico, não haverá um retorno da violência ao Afeganistão.
"Vamos ver se essas declarações são credíveis", disse Santos Silva, acrescentando que é preciso ver "em que condições se faz a transição de poder".
Para o ministro dos Negócios Estrangeiros português, agora "é hora de pôr em prática todos os instrumentos da política externa da União Europeia e da diplomacia" para que "a transição de poder no Afeganistão seja o menos problemática possível" e para que "as novas autoridades do Afeganistão cumpram a sua própria palavra".
O ministro dos Negócios Estrangeiros considerou hoje inaceitável que o Afeganistão volte a ser um santuário de grupos terroristas, mas considera que agora é preciso usar a diplomacia para exigir aos talibãs que cumpram regras nacionais e internacionais.
"O Afeganistão não pode tornar-se, de novo, um santuário de movimentos terroristas. Isso deve ser claro para todos, claro para a comunidade internacional, para a NATO, para a União Europeia e esperamos que seja também claro que as novas autoridades afegãs quando elas estiverem constituídas", afirmou Augusto Santos Silva em declarações à agência Lusa.
O ministro lembrou que os talibãs garantiram que o seu regresso ao poder não significa "risco de vida e segurança para as pessoas ou para a situação das mulheres e, em particular, do seu direito à educação" e que, de acordo com o movimento radical islâmico, não haverá um retorno da violência ao Afeganistão.
"Vamos ver se essas declarações são credíveis", disse Santos Silva, acrescentando que é preciso ver "em que condições se faz a transição de poder".
Para o ministro dos Negócios Estrangeiros português, agora "é hora de pôr em prática todos os instrumentos da política externa da União Europeia e da diplomacia" para que "a transição de poder no Afeganistão seja o menos problemática possível" e para que "as novas autoridades do Afeganistão cumpram a sua própria palavra".
15h03 - Retirada de estrangeiros e afegãos de Cabul em condições difíceis
A retirada de estrangeiros e afegãos que trabalharam para organizações internacionais estava a ser hoje organizada em condições muito difíceis em Cabul, na sequência da tomada de poder pelos talibãs, segundo a agência France-Presse (AFP).
Os militares norte-americanos montaram uma operação para garantir a segurança no aeroporto de Cabul, onde foi reagrupado o pessoal da embaixada dos Estados Unidos para ser retirado do país, disse o Departamento de Estado.
Washington enviou 6.000 militares para o Afeganistão para retirar cerca de 30.000 diplomatas norte-americanos e civis afegãos que trabalharam para os Estados Unidos.
Os voos comerciais foram cancelados e as tropas norte-americanas dispararam para o ar para tentar controlar uma multidão de afegãos que invadiram a pista do aeroporto de Cabul, num clima de caos total.
A BBC citou testemunhas segundo as quais pelo menos duas pessoas morreram hoje no aeroporto de Cabul, mas outras fontes admitem que o número poderá ser superior, embora se desconheça se foram mortas devido a disparos ou esmagadas pela multidão.
A retirada de estrangeiros e afegãos que trabalharam para organizações internacionais estava a ser hoje organizada em condições muito difíceis em Cabul, na sequência da tomada de poder pelos talibãs, segundo a agência France-Presse (AFP).
Os militares norte-americanos montaram uma operação para garantir a segurança no aeroporto de Cabul, onde foi reagrupado o pessoal da embaixada dos Estados Unidos para ser retirado do país, disse o Departamento de Estado.
Washington enviou 6.000 militares para o Afeganistão para retirar cerca de 30.000 diplomatas norte-americanos e civis afegãos que trabalharam para os Estados Unidos.
Os voos comerciais foram cancelados e as tropas norte-americanas dispararam para o ar para tentar controlar uma multidão de afegãos que invadiram a pista do aeroporto de Cabul, num clima de caos total.
A BBC citou testemunhas segundo as quais pelo menos duas pessoas morreram hoje no aeroporto de Cabul, mas outras fontes admitem que o número poderá ser superior, embora se desconheça se foram mortas devido a disparos ou esmagadas pela multidão.
14h40 - Alemanha quer resgatar dez mil pessoas do Afeganistão
A chanceler alemã, Angela Merkel, disse que o foco da Alemanha deve ser a retirada de até dez mil pessoas do Afeganistão pelas quais o país é responsável.
“Estamos a testemunhar tempos difíceis. Agora devemos focar-nos na missão de resgate”, disse Merkel, sublinhando que a Alemanha deve também cooperar com os países vizinhos do Afeganistão para apoiar os refugiados.
A chanceler alemã, Angela Merkel, disse que o foco da Alemanha deve ser a retirada de até dez mil pessoas do Afeganistão pelas quais o país é responsável.
“Estamos a testemunhar tempos difíceis. Agora devemos focar-nos na missão de resgate”, disse Merkel, sublinhando que a Alemanha deve também cooperar com os países vizinhos do Afeganistão para apoiar os refugiados.
14h24 - 600 soldados na evacuação de britânicos
Numa corrida contra o tempo, diferentes países tentam retirar cidadãos nacionais do Afeganistão. É o caso do Reino Unido e o desafio não é apenas garantir a segurança de quem tem passaporte britânico.
Numa corrida contra o tempo, diferentes países tentam retirar cidadãos nacionais do Afeganistão. É o caso do Reino Unido e o desafio não é apenas garantir a segurança de quem tem passaporte britânico.
14h15 - Maioria dos portugueses já regressou do Afeganistão
Há quatro portugueses que podem ainda estar no Afeganistão. Um número que, admite o Governo, pode já estar errado, uma vez que a maioria dos cidadãos nacionais já regressaram ou estão a regressar a Portugal. É o caso de Bruno Neto, coordenador de uma organização não governamental de quatrocentas pessoas, que trabalha a partir de Kandahar.
Deixou na semana passada o país, quando os ataques rondavam a porta da ONG.
Há quatro portugueses que podem ainda estar no Afeganistão. Um número que, admite o Governo, pode já estar errado, uma vez que a maioria dos cidadãos nacionais já regressaram ou estão a regressar a Portugal. É o caso de Bruno Neto, coordenador de uma organização não governamental de quatrocentas pessoas, que trabalha a partir de Kandahar.
Deixou na semana passada o país, quando os ataques rondavam a porta da ONG.
13h38 - Diversos países estão a enviar militares para ajudar na retirada de cidadãos
Diversos países estão a enviar militares para ajudar na retirada de pessoal diplomático e de cidadãos nacionais. A bandeira norte-americana foi retirada da embaixada dos Estados Unidos em Cabul, numa altura em que praticamente todos os funcionários se encontram no aeroporto à espera de sair do Afeganistão. Há também esforços para salvar os colaboradores afegãos que trabalharam com as forças estrangeiras.
Mas há igualmente quem tenha decidido ficar. É o caso da diplomacia russa.
Diversos países estão a enviar militares para ajudar na retirada de pessoal diplomático e de cidadãos nacionais. A bandeira norte-americana foi retirada da embaixada dos Estados Unidos em Cabul, numa altura em que praticamente todos os funcionários se encontram no aeroporto à espera de sair do Afeganistão. Há também esforços para salvar os colaboradores afegãos que trabalharam com as forças estrangeiras.
Mas há igualmente quem tenha decidido ficar. É o caso da diplomacia russa.
13h28 - Ministro da Defesa diz que Portugal está preparado para receber refugiados afegãos
O ministro da Defesa diz que Portugal está preparado para receber refugiados afegãos. A garantia foi dada em primeira mão à RTP. João Gomes Cravinho assume que o Governo está a acompanhar "com grande preocupação" os recentes desenvolvimentos no país.
O ministro da Defesa diz que Portugal está preparado para receber refugiados afegãos. A garantia foi dada em primeira mão à RTP. João Gomes Cravinho assume que o Governo está a acompanhar "com grande preocupação" os recentes desenvolvimentos no país.
13h18 - Caos no aeroporto internacional de Cabul
Centenas de pessoas amontoam-se em plena pista, numa tentativa de fuga da capital do Afeganistão, depois da tomada do país pelos Talibãs. Há já pelo menos cinco mortos.
Centenas de pessoas amontoam-se em plena pista, numa tentativa de fuga da capital do Afeganistão, depois da tomada do país pelos Talibãs. Há já pelo menos cinco mortos.
12h16 - Vídeos expõem caos no aeroporto de Cabul
Vídeos publicados nas redes sociais mostram o caos vivido no aeroporto de Cabul, com centenas de afegãos a tentarem, desesperadamente, subir para um avião militar dos EUA.
Nos vídeos, centenas de pessoas são vistas a correr na pista, algumas apoiadas nas laterais do avião, enquanto este tenta descolar do aeroporto.
Video: People run on tarmac of Kabul international airport as a US military aircraft attempts to take off. pic.twitter.com/9qA36HS0WQ
— TOLOnews (@TOLOnews) August 16, 2021
Nos vídeos, centenas de pessoas são vistas a correr na pista, algumas apoiadas nas laterais do avião, enquanto este tenta descolar do aeroporto.
11h50 - Reunião extraordinária de chefes da diplomacia da UE na terça-feira
O Alto Representante da União Europeia (UE) para a Política Externa convocou uma reunião extraordinária de ministros dos Negócios Estrangeiros dos 27 para terça-feira para discutir a situação no Afeganistão, onde as forças talibãs recuperaram o poder.
“Na sequência dos últimos desenvolvimentos no Afeganistão, e após intensos contactos com parceiros nos últimos dias e horas, decidi convocar para amanhã [terça-feira] à tarde uma videoconferência extraordinária dos ministros dos Negócios Estrangeiros da UE, para uma primeira avaliação”, anunciou Josep Borrell, numa publicação na sua conta oficial na rede social Twitter.
O chefe da diplomacia da UE acrescenta, numa segunda publicação, que “o Afeganistão se encontra numa encruzilhada”, observando que “a segurança e o bem-estar dos seus cidadãos, bem como a segurança internacional, estão em jogo”.
O Alto Representante da União Europeia (UE) para a Política Externa convocou uma reunião extraordinária de ministros dos Negócios Estrangeiros dos 27 para terça-feira para discutir a situação no Afeganistão, onde as forças talibãs recuperaram o poder.
“Na sequência dos últimos desenvolvimentos no Afeganistão, e após intensos contactos com parceiros nos últimos dias e horas, decidi convocar para amanhã [terça-feira] à tarde uma videoconferência extraordinária dos ministros dos Negócios Estrangeiros da UE, para uma primeira avaliação”, anunciou Josep Borrell, numa publicação na sua conta oficial na rede social Twitter.
O chefe da diplomacia da UE acrescenta, numa segunda publicação, que “o Afeganistão se encontra numa encruzilhada”, observando que “a segurança e o bem-estar dos seus cidadãos, bem como a segurança internacional, estão em jogo”.
10h38 - Pequim quer "relações amigáveis" com os talibãs no poder
A República Popular da China que partilha 76 quilómetros com o Afeganistão anunciou hoje que quer manter "relações amigáveis" com os talibãs, na sequência da tomada de Cabul.
Pequim "respeita o direito do povo afegão a decidir o próprio destino" disse hoje a porta voz da diplomacia chinesa, Hua Chunying, em conferência de imprensa.
A República Popular da China que partilha 76 quilómetros com o Afeganistão anunciou hoje que quer manter "relações amigáveis" com os talibãs, na sequência da tomada de Cabul.
Pequim "respeita o direito do povo afegão a decidir o próprio destino" disse hoje a porta voz da diplomacia chinesa, Hua Chunying, em conferência de imprensa.
10h26 - Maioria dos 15 portugueses que vivem no Afeganistão já abandonaram o país
A informação foi avançada à Antena 1 pela secretária de Estado das Comunidades. Berta Nunes garante que está a acompanhar a situação.
A informação foi avançada à Antena 1 pela secretária de Estado das Comunidades. Berta Nunes garante que está a acompanhar a situação.
10h10 - Caos no aeroporto de Cabul provoca cinco mortos
Pelo menos cinco pessoas morreram no aeroporto de Cabul enquanto milhares de pessoas tentam abandonar o Afeganistão.
A notícia é avançada pela agência Reuters, que não esclarece o que terá provocado estas mortes. Um funcionário norte-americano apenas revelou que as tropas dos EUA, que controlavam a retirada de funcionários da embaixada, foram obrigadas a disparar para o ar para deter as pessoas que tentavam entrar à força num avião militar. Uma testemunha revelou à Reuters que não estava claro se as vítimas foram baleadas ou mortas numa debandada.
Pelo menos cinco pessoas morreram no aeroporto de Cabul enquanto milhares de pessoas tentam abandonar o Afeganistão.
A notícia é avançada pela agência Reuters, que não esclarece o que terá provocado estas mortes. Um funcionário norte-americano apenas revelou que as tropas dos EUA, que controlavam a retirada de funcionários da embaixada, foram obrigadas a disparar para o ar para deter as pessoas que tentavam entrar à força num avião militar. Uma testemunha revelou à Reuters que não estava claro se as vítimas foram baleadas ou mortas numa debandada.
8h55 - EUA garantem resposta forte em caso de ataque às suas forças e pessoal
O Secretário de Estado norte-americano garante que os Estados Unidos irão responder caso sejam atacados durante a operação de retirada do seu pessoal.
O Secretário de Estado norte-americano garante que os Estados Unidos irão responder caso sejam atacados durante a operação de retirada do seu pessoal.
8h26 - França e Alemanha enviam voos militares de repatriamento
A Alemanha e a França vão enviar para o Afeganistão voos militares para retirarem os respetivos cidadãos nacionais, sobretudo funcionários diplomáticos, numa altura em que o aeroporto de Cabul se encontra encerrado a ligações comerciais.
A primeira ligação aérea para retirada de cidadãos franceses organizada pelo executivo de Paris deve ocorrer até ao fim do dia de hoje, disse a ministra das Forças Armadas, Florence Parly.
A rotação de voos vai efetuar-se entre uma base francesa nos Emirados Árabes Unidos e a capital do Afeganistão dominada pelas forças talibãs desde domingo.
8h20 - Primeiro-ministro britânico quer reunião com NATO na sexta-feira
Boris Johnson promete fazer tudo o que for possível para evitar uma nova política baseada no terror, levada a cabo pelos Talibã.
8h05 - Presidente da Turquia diz que região irá enfrentar nova vaga de migração
O presidente Turco diz que o Paquistão tem a obrigação de trabalhar para assegurar a estabilidade na região.
7h50 - Centenas de pessoas que querem abandonar o país estão no aeroporto de Cabul
Militares norte-americanos estão no local para garantir a segurança dos voos. As ligações aéreas comerciais afegãs foram suspensas, depois de um breve tiroteio. O embarque está a ser feito em voos militares.
Funcionários da embaixada norte-americana e o próprio embaixador estão no aeroporto. Entre os civis de partida estão também cidadãos norte-americanos a viver no Afeganistão e funcionários da missão diplomática dos Estados Unidos, no país.
7h45 - Exército norte americano assume controlo do tráfego aéreo
O exército norte-americano anunciou hoje que assumiu o controlo do tráfego aéreo no aeroporto, "para permitir a partida segura do pessoal norte-americano e aliado no Afeganistão em voos civis e militares".
De acordo com a agência de notícias France-Presse, as forças norte-americanas dispararam para o ar no aeroporto de Cabul, depois de milhares de afegãos terem invadido a pista, procurando fugir do país, após a tomada de poder pelos talibãs.
O Pentágono estima em 30.000 o número total de pessoas a retirar do país, entre diplomatas e outros cidadãos norte-americanos ou afegãos que ajudaram os Estados Unidos e temem agora pela vida.
A Embaixada dos EUA em Cabul reiterou hoje o aviso aos seus cidadãos e às pessoas que aguardam o repatriamento para se manterem afastadas do aeroporto, devido à insegurança, até serem chamadas para embarcarem.
7h30 - O Conselho de Segurança da ONU reúne-se hoje para debater a situação no Afeganistão
A reunião acontece um dia depois de os talibãs tomarem Cabul, reunião em que o secretário-geral, António Guterres, apresentará um relatório.
O secretário-geral da ONU instou no domingo os talibãs e todas as outras partes afegãs "à maior contenção", algumas horas depois da entrada em Cabul dos combatentes do movimento islâmico radical.
"O secretário-geral está particularmente preocupado com o futuro das mulheres e das meninas, cujos direitos duramente adquiridos devem ser protegidos", disse a ONU em comunicado.
António Guterres frisou que as Nações Unidas continuam "determinadas a contribuir para uma solução pacífica do conflito".
A reunião do Conselho de Segurança está prevista para as 10:00 de Nova Iorque (15:00 de Lisboa).
A reunião acontece um dia depois de os talibãs tomarem Cabul, reunião em que o secretário-geral, António Guterres, apresentará um relatório.
O secretário-geral da ONU instou no domingo os talibãs e todas as outras partes afegãs "à maior contenção", algumas horas depois da entrada em Cabul dos combatentes do movimento islâmico radical.
"O secretário-geral está particularmente preocupado com o futuro das mulheres e das meninas, cujos direitos duramente adquiridos devem ser protegidos", disse a ONU em comunicado.
António Guterres frisou que as Nações Unidas continuam "determinadas a contribuir para uma solução pacífica do conflito".
A reunião do Conselho de Segurança está prevista para as 10:00 de Nova Iorque (15:00 de Lisboa).
7h00 - Portugal e mais 60 países pedem fronteiras abertas no Afeganistão
Portugal e mais de 60 países emitiram esta madrugada um comunicado conjunto dirigido aos talibãs no Afeganistão.
Apelam a que tantos os cidadãos do país bem como os estrangeiros que queiram sair do Afeganistão devem poder fazê-lo. Por isso, pedem que as fronteiras continuem abertas.
No documento assinado por países como Estados Unidos, Austrália, França e Alemanha é dito que este grupo de 66 países está preparada para prestar assistência no processo de retirada de pessoas do Afeganistão já que todos merecem viver em segurança e com dignidade.
Apelam a que tantos os cidadãos do país bem como os estrangeiros que queiram sair do Afeganistão devem poder fazê-lo. Por isso, pedem que as fronteiras continuem abertas.
No documento assinado por países como Estados Unidos, Austrália, França e Alemanha é dito que este grupo de 66 países está preparada para prestar assistência no processo de retirada de pessoas do Afeganistão já que todos merecem viver em segurança e com dignidade.
Ponto de situação. Talibãs declaram que a “guerra acabou” enquanto multidões convergem para o aeroporto de Cabul
O porta-voz talibã acredita que as forças externas ao Afeganistão não irão repetir tão cedo "a experiência falhada" no país.
"Damos cada passo com responsabilidade e com a certeza de fazer a paz com todos. Estamos prontos a kidar com as preocupações da comunidade internacional através do diálogo", afirmou Mohammad Naeem à televisão qatari Al Jazeera.
Apelamos todos os países e entidades a sentar-se para resolver quaisquer disputas, acrescentou.
O porta-voz do gabinete político dos talibãs garantiu igualmente que o grupo "respeita as mulheres, os direitos das minorias e a liberdade de expressão à luz da sharia".
Verdadeiro teste começa agora
Mullah Baradar, um dos líderes dos talbãs diz que o verdadeiro teste começa agora, para corresponder aos problemas do povo afegão e servi-lo através da resolução de problemas. Baradar, um dos fundadores do movimento islâmico sublinhou a rapidez com que retomaram o poder, e acrescentou que os talibãs pretendem resolver os problemas do povo afegão.
O triunfo dos mujaheddin não tem paralelo no mundo, acrescenta o líder dos islamitas afegãos.
Baradar era chefe o chefe militar dos talibã quando foi detido em 2010 no Paquistão. Foi libertado em 2018, após pressão dos Estados Unidos.
Respeitado pelas diferentes fações, é agora o líder do gabinete político do movimento islâmico.
"Conseguimos uma vitória que não era esperada (...), devemos mostrar humildade perante Alá", disse o antigo número dois do movimento rebelde, numa mensagem de vídeo, citado pela agência Efe.
Entretanto, são várias as imagens que atestam uma corrida ao aeroporto internacional de Cabul, com milhares de pessoas a tentar abandonar o país.Os meios de comunicação locais relataram imagens dramáticas de milhares de pessoas no aeroporto de Cabul tentando fugir do país, apesar do cancelamento da maioria dos voos comerciais e das restrições.
Os talibãs tomaram este domingo a capital do Afeganistão, Cabul, depois de uma rápida ofensiva que se seguiu à retirada de forças ocidentais do país.
A chegada dos talibãs a Cabul precipitou a saída do país de Ashraf Ghani, após terem tomado o controlo de 28 das 34 capitais provinciais em 10 dias, e sem grande resistência das forças de segurança governamentais, no âmbito de uma grande ofensiva iniciada em maio -- altura em que começou a retirada das tropas norte-americanas e da NATO do país, que deverá ficar concluída no final deste mês.
Com a partida de Ghani, um grupo de líderes políticos formou o Conselho de Coordenação para a transição de poder para os talibãs, composto pelo ex-presidente afegão Hamid Karzai, o presidente do Alto Conselho para a Reconciliação, Abdullah Abdullah, e o líder do partido Hizb-e-Islami e antigo senhor da guerra, Gulbuddin Hekmatyar.
No entanto, os insurgentes não deram até agora informações sobre como funcionará o processo de transição ou a tomada do poder.
Portugal disponível para receber refugiados afegãosCom a partida de Ghani, um grupo de líderes políticos formou o Conselho de Coordenação para a transição de poder para os talibãs, composto pelo ex-presidente afegão Hamid Karzai, o presidente do Alto Conselho para a Reconciliação, Abdullah Abdullah, e o líder do partido Hizb-e-Islami e antigo senhor da guerra, Gulbuddin Hekmatyar.
No entanto, os insurgentes não deram até agora informações sobre como funcionará o processo de transição ou a tomada do poder.
Há 243 funcionários afegãos e suas famílias que colaboraram com as forças portuguesas que estiveram estacionadas no aeroporto de Cabul e Portugal está disponível para os receber.
O ministro da Defesa, João Gomes Cravinho, revelou que a retirada dos refugiados afegãos está a ser coordenada pela NATO, uma vez que Portugal não tem essa capacidade. De resto, o país irá integrar a força da União Europeia para proteger os cidadãos afegãos.
O Ministério dos Negócios Estrangeiros não tem até agora qualquer informação sobre cidadãos portugueses no Afeganistão, acrescentou.
Portugal vai alinhar numa posição comum europeia e na NATO, caso os talibã decretem um Emirado islâmico, revelou ainda João Cravinho, em declarações à RTP.
"Vamos ver até que ponto é possível dialogar com as novas autoridades do país", afirmou o ministro da Defesa português, frisando que "a sua reputação é preocupante", pelo que "vamos ver como se vão comportar".
Presidente da República já reagiu
Foi ao Jornal Público que Marcelo Rebelo de Sousa sublinhou que "se foi temendo sempre o efeito de decIsões que viessem a ser tomadas por outros que não Portugal, tudo num tempo muito acelerado.
O Presidente da República revelou ainda que o tema já foi discutido em várias renuiões do conselho superior de defesa nacional e elogia a forma como o Governo tem gerido a participação portuguesa.
Foi ao Jornal Público que Marcelo Rebelo de Sousa sublinhou que "se foi temendo sempre o efeito de decIsões que viessem a ser tomadas por outros que não Portugal, tudo num tempo muito acelerado.
O Presidente da República revelou ainda que o tema já foi discutido em várias renuiões do conselho superior de defesa nacional e elogia a forma como o Governo tem gerido a participação portuguesa.