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Advogado de Navalny esteve detido em Moscovo

por RTP
Lyudmila Navalnaya, mãe de Alexei Navalny, acompanhada pelo advogado do opositor russo, Vasily Dubkov, a 17 de fevereiro de 2024, um dia após a morte de Navalny. Foto: Maxim Shemetov - Reuters

Um advogado que representava o opositor russo, Alexei Navalny, esteve detido durante algumas horas esta terça-feira, em Moscovo. Vasily Dubkov acompanhou a mãe de Navalny na semana passada, quando apelou em várias ocasiões pela entrega do corpo do filho. A informação é avançada pelo jornal Novaya Gazeta.

O advogado Vasily Dubkov foi entretanto libertado, adiantou mais tarde o jornal Verstka. A publicação não adiantou o motivo da detenção, mas o advogado adiantou apenas que se tratava de uma obstrução à sua atividade.

Segundo meios de comunicação social russos citados pela BBC, o advogado foi detido por "atentar contra a ordem pública". As autoridades russas ainda não confirmaram a detenção.

Em outubro de 2023 foram detidos outros advogados de Navalny, Vadim Kobzev, Igor Sergunin e Aleksei Lipster, sob a acusação de "extremismo".

Navalny morreu a 16 de fevereiro numa colónia penal no Ártico onde cumpria uma sentença de 19 anos de prisão. O principal opositor do regime russo, de 47 anos, foi vítima de “síndrome de morte súbita”, segundo informaram as autoridades russas.

Mais de uma semana depois da morte do opositor russo, e depois de vários apelos da família e advogados de Navalny, o corpo do dissidente russo foi entregue à mãe no último sábado, 24 de fevereiro.

Ao longo desse tempo em que o corpo esteve retido, Lyudmila Navalnaya disse ter sido alvo de chantagem por parte das autoridades russas, que terão exigido que Alexei Navalny um enterro sem cerimónias públicas. Caso contrário, poderia mesmo ser enterrado no perímetro da prisão.

Entretanto, já após a entrega do corpo do opositor russo, o círculo próximo de Navalny continua à procura de um espaço para realizar uma cerimónia fúnebre pública. De acordo com a porta-voz do opositor russo, a maioria das funerárias já foram contactadas.

"Alguns dizem que o local está reservado, outros recusam-se a deixar que mencionemos o apelido 'Navalny'. Num sítio, disseram-nos que as agências funerárias estavam proibidas de trabalhar connosco", adiantou na rede social X.


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