Acusação de plágio fragiliza candidatura de Israel para acolher Eurofestival

por RTP
Israel está em risco de não poder realizar a edição do festival no próximo ano Rafael Marchante - Reuters

A Universal Music Group acusa os compositores do tema “Toy”, vencedor da Eurovisão deste ano, de plágio. A empresa de música alega semelhanças com o tema “Seven Nation Army”, dos White Stripers.

O tema vencedor do Festival Eurovisão da Canção de 2018, que decorreu pela primeira vez em Portugal, junta-se à lista de canções que ultimamente têm sido acusadas de plágio.

Segundo o The Jerusalem Post, a Universal Music Group enviou em junho uma carta aos compositores, Doron Medalie e Stav Beger, alegando violação de direitos de autor.

Ofer Menahem, empresário da cantora do tema “Toy”, já expressou a sua opinião em declarações ao jornal israelita. “Não é uma ação judicial, não há tribunal aqui. É uma carta de esclarecimento, por isso estamos a esclarecer”, afirma.

Medalie, um dos compositores do tema “Toy”, citado no The Times of Israel, afirma que a acusação foi uma surpresa mas está seguro que tudo se irá resolver. “Eu acredito que a questão será resolvida com sucesso nas próximas semanas para a satisfação de todos os lados”, declara.


Em março, Ben Shalev, crítico de música no jornal israelita Haaretz, já tinha detetado a semelhança. “A música assemelha-se muito com a 'Seven Nation Army' dos White Stripers. Vamos esperar que Jack White não oiça esta música antes do Festival da Eurovisão. Ele pode processar”, escreve no seu artigo.

As parecenças acabaram, de facto, por ser detetadas. A Universal alega semelhanças entre a canção de Netta Barzilai e dos White Stripers não na letra e melodia, mas no ritmo.

As regras do Festival da Eurovisão são claras: as músicas a concorrer têm de ser originais. Desta forma, caso o plágio se confirme, Netta pode ser desqualificada e Israel está em risco de não poder realizar a edição do maior festival de música no próximo ano.
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