Seul acusou hoje Pyongyang de levar a cabo "uma campanha provocatória" de interferência nos sinais GPS, que afetou vários navios e dezenas de aviões civis na Coreia do Sul.
"A Coreia do Norte realizou uma campanha provocatória de interferência no GPS a partir de Haeju e Kaesong, ontem [sexta-feira] e hoje", afirmou o Estado-Maior Conjunto da Coreia do Sul em comunicado.
Navios e dezenas de aviões civis estão a sofrer "algumas perturbações operacionais", acrescentou.
O exército sul-coreano pediu prudência aos navios e aviões civis sul-coreanos que se deslocam na região do mar Amarelo, entre a China e a península coreana.
"Exortamos veementemente a Coreia do Norte a cessar de imediato as provocações com o GPS e avisamos que será responsabilizada por quaisquer problemas daí resultantes", continuou.
A interferência consiste na transmissão de sinais desconhecidos que saturam os recetores GPS e os tornam inutilizáveis para a navegação. A Coreia do Sul acusou o Norte de ter efetuado este tipo de interferência em várias ocasiões nos últimos anos.
Desde maio, Pyongyang enviou também milhares de balões com lixo para a Coreia do Sul, sendo que alguns perturbaram o tráfego no aeroporto internacional de Incheon, a noroeste de Seul, cerca de quarenta quilómetros da Coreia do Norte.
As interferências ocorrem alguns dias depois de Pyongyang ter testado um míssil balístico intercontinental (ICBM), descrito pelo regime de Kim Jong-un como o mais avançado do arsenal do país.
O lançamento, efetuado poucas horas antes das presidenciais norte-americanas, na terça-feira, foi o primeiro teste de armamento da Coreia do Norte desde que foi acusada de enviar tropas para ajudar a Rússia na guerra na Ucrânia.
A Coreia do Sul retaliou na sexta-feira, disparando um míssil balístico para o mar, mostrando "forte determinação" em responder a "qualquer provocação norte-coreana".