Acordo com o Hamas. Quem são os prisioneiros palestinianos que Israel vai libertar?
Ao fim de seis semanas de guerra no Médio Oriente, Israel e Hamas chegaram a um acordo. O grupo extremista comprometeu-se a libertar pelo menos 50 reféns que se encontram em Gaza. Em troca, Israel vai libertar 150 palestinianos da prisão, para além de interromper os bombardeamentos no sul de Gaza durante quatro dias e de deixar entrar nessa região ajuda humanitária.
Das três centenas de nomes da lista, em hebraico, 123 são menores. Cinco deles têm 14 anos e foram detidos por crimes que vão de fogo posto ao lançamento de bombas.
Uma das cidadãs palestinianas da lista é Misoun Mussa, condenada em 2015 a 15 anos de prisão por esfaquear um soldado israelita em Jerusalém. Outra é Marah Bakeer, detida no mesmo ano por esfaquear um agente da polícia fronteiriça e sentenciada a oito anos e meio de prisão.
O diário Haaretz refere também o caso de Asra Jabas, palestiniana que fez explodir um depósito de combustível, acabando por deixar um polícia ferido. A mulher mais velha da lista, com 59 anos, está detida por crimes relacionados com segurança. Já Samira Harbawi, de 53 anos, foi presa por “danos físicos graves” a terceiros e por “transporte e fabrico” de armas brancas.
Condenados por homicídio ficaram fora da lista
Israel recusou libertar prisioneiros condenados por homicídio. Concordou, porém, em deixar sair em liberdade condenados por tentativa de homicídio e atividades terroristas, assim como crimes menos graves, como danos a propriedades, interferência na atividade policial, reuniões ilegais, ataques a polícias ou posse de armas e explosivos.
Segundo o Haaretz, os prisioneiros palestinianos pertencem aos grupos Hamas, Fatah, Jihad Islâmica e Frente Popular. No entanto, muitos deles terão agido em nome próprio. Vários dos detidos não chegaram a ser julgados.
Algumas das 300 pessoas incluídas na lista são residentes de Jerusalém e possuem bilhetes de identidade israelitas.
O Governo israelita decidiu que o primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, o ministro da Defesa, Yoav Gallant, e o líder da oposição e membro do Governo de emergência Benny Gantz vão determinar que prisioneiros serão libertados em cada fase.
Está também nas mãos dos três homens a data para o fim do cessar-fogo, desde que este não se prolongue por mais de dez dias.