Uma carrinha de segurança que transportava um prisioneiro conhecido como "A Mosca" foi atacada, esta quarta-feira, após ter passado a portagem de uma autoestrada no norte de França. Mohamed Amra, agora em fuga, foi condenado por roubo a 10 de maio e está indiciado por um sequestro que matou uma pessoa.
Um carro bateu de frente na carrinha de segurança assim que o veículo passou na portagem. Homens armados abriram fogo e mataram dois guardas prisionais. O presidente francês, Emmanuel Macron, afirma que “está a ser feito tudo para encontrar os criminosos”, numa altura em que a polícia está a levar a cabo operações stop em alguns locais.
O ministro francês da Justiça assegura que “os autores deste crime vil (…) são pessoas para quem a vida não tem valor” e vão ser encontrados e punidos “de forma proporcional ao crime”.
Os homens dispararam contra os dois veículos, um da polícia e o outro que transportava Amra, antes de deixarem o local e levarem o detido. Entretanto, foram encontrados dois veículos queimados que as autoridades acreditam terem sido usados pelos criminosos, em locais diferentes.
O ministro da Justiça, Eric Dupond-Moretti, conta que um dos polícias mortos "deixa para trás mulher e dois filhos que fazem 21 anos dentro de dois dias ". O outro agente morto tinha 34 anos, era casado e ia ser pai - a mulher está grávida de cinco meses. Outros três policias ficaram feridos no ataque.
De acordo com a imprensa francesa, Amra já tinha tentado fugir da cadeia: tem 13 condenações no cadastro, a primeira quando tinha 15 anos.
A justiça acredita que Mohamed Amra, de 30 anos, tem ligações a um grupo criminoso de Marselha, no sul do país, envolvido em tráfico de droga. No entanto, ele não foi condenado por crimes relacionados com drogas.