"A Europa pode escolher proteger a sua Democracia", urge von der Leyen

por Teresa Borges

EPA

A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, que tenta hoje ser reeleita pelo Parlamento Europeu, prometeu aos eurodeputados não aceitar a “polarização extrema das sociedades” europeias e que “demagogos e extremistas destruam” a União Europeia.

“A escolha resume-se a saber se nos deixaremos moldar pelos acontecimentos e pelo mundo que nos rodeia ou se nos uniremos e construiremos o nosso futuro por nós próprios e essa escolha é nossa”, vincou.

E elencou: “A Europa não pode controlar os ditadores e os demagogos de todo o mundo, mas pode optar por proteger a sua própria democracia. A Europa não pode determinar eleições em todo o mundo, mas pode optar por investir na segurança e na defesa deste continente. A Europa não pode travar a mudança, mas pode optar por abraçá-la e investir numa nova era de prosperidade e de melhoria da nossa qualidade de vida”.

Cabe ao Parlamento Europeu aprovar, após a proposta do Conselho Europeu feita no final de junho, o novo presidente da Comissão por maioria absoluta (metade de todos os eurodeputados mais um), com Ursula von der Leyen a ter de obter ‘luz verde’ de pelo menos 361 parlamentares (entre 720).

Ursula von der Leyen é presidente da Comissão desde dezembro de 2019 e foi a candidata cabeça de lista do Partido Popular Europeu nas eleições europeias de 6 a 9 de junho.

Dadas as eleições europeias e as recentes alterações partidárias no Parlamento Europeu, o Partido Popular Europeu dispõe de mais lugares (188), seguido pelos Socialistas (136), pelo novo partido de extrema-direita Patriotas pela Europa (84), Conservadores e Reformistas (78) e Liberais (77), Verdes (53) e Esquerda (46), de acordo com a mais recente distribuição.

(Com Lusa)
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