Numa carta aos congressistas da Câmara dos Representantes, o Departamento do Tesouro revelou ter sido alvo de um ciberataque no início de dezembro e considerou a violação um "incidente grave".
O ataque afetou vários postos de trabalho do Tesouro, utilizando 'software' de um parceiro, o BeyondTrust, também foram vistos alguns documentos não confidenciais. No entanto, as autoridades norte-americanas garantem que os hackers não acederam a dados confidenciais.
Em comunicado, um porta-voz do Tesouro garante que "o software corrompido foi removido e não há provas que sugiram que o intruso tenha conseguido continuar a ter acesso aos sistemas informáticos do Tesouro".
De acordo com detalhes fornecidos pelo Tesouro os 'hackers' roubaram uma chave codificada que dá acesso ao 'software' do BeyondTrust e conseguiram escapar aos sistemas de segurança e aceder remotamente a diferentes computadores.
A empresa BeyondTrust, citada pela BBC, admite que deu conta do ataque no dia 8 de dezembro, apesar de a atividade suspeita ter sido detetada pela primeira vez no dia 2. No entanto, a empresa demorou vários dias a determinar que tinha sido alvo de hackers.
O Departamento do Tesouro acusa Pequim de estar por trás deste ciberataque e adianta que tem trabalhado com o FBI e outras agências para investigar o impacto deste ataque cibernético.
A China nega qualquer envolvimento e considera a acusação “infundada”, até porque “se opõe consistentemente a todas as formas de hacking”.
O Departamento do Tesouro é responsável por garantir a segurança financeira de Washington para além de supervisionar sistemas financeiros e as economias globais.
Nos últimos anos, esta agência executiva norte-americana tem sido a responsável por aplicar sanções dos EUA contra a China.